A JBS reportou um desempenho financeiro expressivo em 2024, com um Ebitda ajustado de R$ 39 bilhões, mais que dobrando em relação a 2023, e um lucro líquido de R$ 9,6 bilhões. O impulso nos resultados foi anunciado após um acordo com o BNDES, que aproximou a empresa de seu plano de dupla listagem nas bolsas do Brasil e dos Estados Unidos, elevando suas ações em quase 25%. A receita líquida atingiu R$ 417 bilhões, superando o guidance de mercado e registrando o maior faturamento da história da empresa, com um crescimento de 15% comparado ao ano anterior.
A JBS conseguiu reverter um prejuízo de R$ 1,06 bilhão em 2023 para um lucro significativo, enquanto a geração de caixa livre chegou a R$ 13,2 bilhões, sete vezes maior que no ano anterior. O endividamento em moeda estrangeira caiu de 4,42 para 1,89 vezes, permitindo à empresa distribuir R$ 6,6 bilhões em dividendos e investir R$ 7,7 bilhões em 2024.
No último trimestre de 2024, a receita líquida foi de R$ 116,7 bilhões, com um Ebitda ajustado de R$ 10,8 bilhões e lucro líquido de R$ 2,4 bilhões. Dois segmentos, JBS Beef North America e Seara, mostraram recuperação, com a primeira registrando R$ 131,3 bilhões em receita líquida, um aumento de 13%, e a Seara alcançando R$ 47,4 bilhões, com um crescimento de 15% na receita e uma expansão de 366% no Ebitda ajustado.
A empresa Pilgrim's teve o melhor ano de sua história, com a margem subindo de 9,8% para 14,7%, e a margem da JBS Brasil aumentou para 7,7%, impulsionada por vendas de bovinos. A atenção agora se volta para a listagem dupla da JBS, aguardando o término dos questionamentos pela SEC antes de pedir registro nos Estados Unidos, o que a empresa espera concluir até o final do ano. Essa listagem potencialmente permitirá que a JBS negocie com múltiplos semelhantes aos de seus concorrentes, desbloqueando valor adicional para a companhia.