TradingKey - Em abril, as petroleiras brasileiras enfrentaram um cenário desafiador com a queda do preço do petróleo, afetando significativamente suas ações. A Petrobras, por exemplo, viu suas ações ordinárias despencarem cerca de 18%, enquanto as preferenciais tiveram uma queda de 15%. Esse movimento ocorreu após a queda acentuada dos preços do petróleo WTI e Brent, ambos operando abaixo de US$ 70, desde o anúncio de tarifas recíprocas pelo governo dos EUA no início do mês.
Apesar do desempenho inferior da Petrobras, analistas do UBS BB continuam recomendando a compra das ações da estatal. Eles apontam para rendimentos de dividendos atrativos, embora tenham reduzido a projeção de preço-alvo de R$ 49 para R$ 46, devido à desvalorização do petróleo. A equipe de análise prevê um rendimento de dividendos de aproximadamente 13% em 2025, mesmo com a revisão para baixo dos preços do Brent em cerca de US$ 10/bbl para os anos de 2025-2026.
Rico Investimentos também permanece otimista em relação à Petrobras, destacando fundamentos sólidos e atrativos tanto para a estatal quanto para a PRIO. A análise da Rico sugere que, mesmo com o Brent a US$ 65 por barril, os retornos esperados para a Petrobras são entre 15% e 19%, enquanto para a PRIO, esses números podem subir até 37% em 2026 com o projeto Wahoo.
Por outro lado, a análise recomenda cautela com a Brava Energia devido à sua maior dependência de preços mais altos do Brent, e vê uma abordagem conservadora para os dividendos da PetroRecôncavo, embora seus rendimentos possam ser comparáveis aos da PRIO em 2025. Além disso, a Rico sugere que a ação da Petrobras está em um nível de suporte atrativo na região de R$ 30,00, indicando uma oportunidade de compra.