Como a XP (XPBR31) deve ter enfrentado dificuldades da bolsa no segundo trimestre?

Investing.com – Com o mercado de capitais pressionado e sem gatilhos domésticos para fluxos mais evidentes para a bolsa de valores brasileira, as atenções estão voltadas para como a XP (BVMF:XPBR31) enfrentou esse cenário no segundo trimestre, conforme será demonstrado em seu balanço nesta terça-feira, 13.

A plataforma InvestingPro estima uma receita de US$753,1 milhões e um lucro por ação (LPA) US$0,36, considerando os papéis negociados na bolsa de valores americana.

Analistas esperam melhoras nos indicadores, mas ainda tímidas. O Santander (BVMF:SANB11), por exemplo, aguarda um trimestre sem brilho. “Nós ainda acreditamos que esse apetite por produtos mais arriscados ainda não chegou”, lamenta o banco em relatório.

O banco estima que a XP vai apresentar lucro líquido de R$1,059 bilhão no segundo trimestre, com tendências semelhantes às do início do ano: “captação líquida fraca, índice de eficiência controlado e aumento da atividade em novos produtos (cartões, principalmente)”. A receita bruta deve ser impulsionada pelas receitas de varejo, enquanto as despesas administrativas tendem à estabilidade trimestral, com esforços direcionados para aumentar a eficiência.

Os analistas Henrique Navarro, Arnon Shirazi e Anahy Rios entendem que a empresa de investimentos pode registrar uma entrada líquida “ligeiramente superior, mas não o suficiente para marcar um ponto de inflexão.

A expectativa dos analistas é de que os dados do segundo semestre devem ser mais fortes, com amadurecimento de novas iniciativas de forma gradual, e possíveis melhorias no cenário macro.

Para o Bank of America (NYSE:BAC), a XP deve continuar a ser afetada pela fraca negociação de ações, mas as entradas líquidas devem ter uma inflexão, “apoiadas por melhoria na atividade dos clientes, levando a um crescimento anual de 14% nos ativos sob custódia”.

As despesas tendem a subir abaixo das receitas e a projeção é de um lucro líquido recorrente de R$1,055 bilhão, e uma rentabilidade medida pelo retorno sobre o patrimônio (ROE, na sigla em inglês) de 20,1%.

Os analistas Mario Pierry, Flavio Yoshida, Antonio Ruette e Ernesto Gabilondo enxergam melhoria gradual nos volumes, mas limitações no mix de produtos, levando a uma expansão na receita em 33% em relação ao ano anterior em novos setores, com crescimento da receita total de 18% ao ano.

A indicação do BofA é outperform, equivalente à compra, com preço-justo de US$25, enquanto a do Santander, também OP, tem alvo de US$33.

Às 15h19 (de Brasília) desta segunda, as ações da XP estavam estáveis no pregão, cotadas a US$18,06.

Os Brazilian Depositary Receipts (BDRs) subiam 0,54%, a R$99,80.