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Petrobras (PETR4): Após dados de produção, o que analistas esperam dos dividendos?

Investing.com30 de jul de 2024 às 14:46

Investing.com – Analistas destacaram a produção menor de petróleo e gás da Petrobras (BVMF:PETR4) na base trimestral diante de paradas de manutenção, após divulgação de relatório de prévia operacional da estatal brasileira, mas direcionam as atenções para a política de distribuição de dividendos da empresa. Analistas estimam que a companhia pode desembolsar pelo menos US$2 bilhões em proventos referentes ao segundo trimestre deste ano.

Às 11h45 (de Brasília), as ações preferenciais da Petrobras caíram 0,49%, a R$36,70, enquanto as ações ordinárias recuavam 0,33%, a R$39,69. As American Depositary Receipts (ADRs) estavam em baixa de 0,63%, a US$14,09.

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A produção média de óleo, LGN e gás natural da Petrobras atingiu 2.699 Mboed no segundo trimestre, um avanço de 2,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior, mas uma queda trimestral de 2,8%. Apesar das perdas com paradas, a companhia alegou que o patamar está dentro do plano estratégico e ao declínio natural de campos maduros. Em fato relevante, a companhia informou que alcançou recorde trimestral na participação do óleo do pré-sal, chegando a 69%, 2 pontos percentuais acima do trimestre imediatamente anterior.

O banco JP Morgan destacou os volumes de produção mais fracos, mas considerou os volumes de vendas “relativamente bons”, conforme apontado pelo analista Rodolfo Angele. O banco segue neutro nas ações, com preço-alvo de R$43 para as ações ordinárias, R$40,50 para ações preferenciais e US$15,50 para as ADRs.

Também em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o Bank of America (NYSE:BAC) (BofA) mencionou a produção menor diante das paradas de manutenção e intervenções não planejadas para atender a segurança operacional. “Estes efeitos foram parcialmente compensados ​​pelo ramp-up do FPSO Sepetiba (no campo de Mero) que atingiu 90 mil bpd ao final de junho – destacamos que o ramp-up desta plataforma está demorando mais do que o inicialmente esperado por nós, visto que a Petrobras estava conseguindo concluir o processo de ramp-up de produção em seus campos de melhor desempenho (Búzios e Mero) em cerca de seis a sete meses”, esclareceram os analistas Caio Ribeiro, Leonardo Marcondes e Mariana Leite.

A produção do pós-sal teria sido parcialmente compensada “pela entrada em operação de dois novos poços dos projetos complementares na Bacia de Campos”, completaram os analistas do BofA, que contam com indicação de compra para o papel, com preço-alvo de US$17,90 para ADRs e R$47 para ações negociadas na bolsa de valores brasileira.

Não é um gatilho positivo, alertou o banco BTG Pactual (BVMF:BPAC11). Mas, ainda que a exploração e produção tenha sido afetada por paradas realizadas para manutenção, estas tendem a ser normalizadas em breve. Os dados upstream não trouxeram surpresas, diante da divulgação de indicadores mensais da Agência Nacional de Petróleo (ANP), que é o órgão regulador.

Além disso, com mais duas plataformas, a estatal deve cumprir o guidance para o ano, mas riscos positivos para as estimativas de 2025 não são descartados. Assim, segue com compra para o papel, com preço-alvo de US$19 para as ADRs, ainda que indique riscos crescentes relacionados a fusões e aquisições – o que pode levar investidores a exigirem um prêmio maior.

Prévia do 2T24 – o que esperar dos dividendos?

A estatal de petróleo divulga o balanço auditado no dia 08 de agosto. Com os dados operacionais, analistas estimam os dividendos que podem ser pagos pela companhia, projetando acima de US$2 bilhões para o período. A plataforma InvestingPro estima um lucro por ação (LPA) de US$0,30 para a Petrobras, com receita esperada em torno de US$22,613 bilhões.

Fonte: InvestingPro

Com os dados operacionais, o Itaú BBA estima que a estatal apresente US$9,4 bilhões em Ebitda no segundo trimestre, uma diminuição de 24% frente ao trimestre imediatamente anterior, refletindo o acordo Conselho de Administração de Recursos Fiscais (CARF) firmado em junho. “Excluindo o efeito CARF, prevemos um Ebitda ajustado de US$12,8 bilhões. Nós estimamos um pagamento de dividendos ordinários de US$2,1 bilhões para o trimestre, o que implica um rendimento de dividendos de 2,3%”, detalham os analistas Monique Natal, Eric de Mello e Bruna Amorim. Assim, a indicação segue market perform, equivalente à neutra, com preço-alvo de R$43 para ações preferenciais e US$17,6 para ADRs.

Enquanto isso, o BTG espera um Ebitda ajustado de US$12,2 bilhões, um recuo trimestral de 1,5%, e dividendos de US$2,9 bilhões ou 3% de rendimento. Com os dados de produção, o banco diz que o desempenho tende a ser mais suave mesmo com melhoria nos preços do brent e desvalorização do real, mas avalia que os investidores já estão atentos a esses dados e o foco deve estar centralizado no investimento, que estaria 30% inferior ao guidance. O investimento “pode reforçar nossa visão que a geração de FCFE pode ser maior do que o esperado em 2024”, afirmam Pedro Soares, Henrique Pérez e Thiago Duarte.

Diante da produção menor na base trimestral, a XP Investimentos (BVMF:XPBR31) projeta um Ebitda de US$11,6 bilhões no trimestre e um lucro de US$146 milhões, com impacto de um acordo fiscal não recorrente. A provisão substancial é estimada em R$11,9 bilhões, após impostos. “A produção sequencialmente menor leva a resultados financeiros mais baixos, mas os yields continuam a ser bons”, entendem Regis Cardoso e Helena Kelm, ao estimar dividendos de US$2,7 bilhões, ou 3,2% de rendimento, com base na política atual.

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