- O dólar caiu pela quinta sessão consecutiva ante o real, fechando a R$ 5,4865.
- Expectativas de decisões sobre juros pelo Banco Central do Brasil e pelo Federal Reserve influenciaram o mercado.
- A combinação de alta dos juros no Brasil e possível corte agressivo nos EUA pode atrair mais recursos para o país.
O dólar registrou queda pela quinta sessão consecutiva frente ao real nesta terça-feira, fechando a R$ 5,4865. A expectativa é de que o Brasil atraia mais recursos financeiros com a combinação de alta de juros no país e possíveis cortes de taxas nos Estados Unidos.
Nos últimos cinco dias úteis, a moeda norte-americana acumulou uma desvalorização de 2,98%. Às 17h23, na B3, o contrato de dólar futuro para o primeiro vencimento caiu 0,33%, sendo negociado a R$ 5,4955 na venda.
A terça-feira foi marcada pela expectativa em relação às decisões sobre juros tanto do Banco Central do Brasil quanto do Federal Reserve, esperadas para a quarta-feira. Em um cenário de cautela, o dólar oscilou em margens estreitas, influenciado ora pela alta no exterior, ora pela perspectiva de aumento do diferencial de juros no Brasil.
"Todo mundo está em compasso de espera pela decisão do Fed e do Copom. Às vezes o dólar acompanha o exterior e sobe, outras vezes trabalha com a possibilidade de corte de 50 pontos-base nos EUA, e alta de 25 pontos-base da Selic aqui", afirmou Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora.
No fim da manhã, o dólar seguiu o avanço observado no exterior após a divulgação de dados econômicos positivos nos EUA. As vendas no varejo aumentaram 0,1% em agosto, superando a projeção de queda de 0,2%, enquanto a produção manufatureira subiu 0,9%, acima da expectativa de 0,3%.
Neste contexto, o dólar à vista atingiu a máxima de R$ 5,5169 (+0,11%) às 11h44. No entanto, durante a tarde, a possibilidade de um corte de 50 pontos-base pelo Fed, comparado aos 25 pontos-base esperados, juntamente com a provável alta da Selic, pressionou as cotações para a mínima de R$ 5,4783 (-0,60%) às 15h58, encerrando o dia pouco acima deste valor.
Externamente, às 17h22, o índice do dólar, que mede o desempenho da moeda frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,27%, a 100,970.
Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 1º de novembro de 2024.