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Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta segunda-feira

Investing.com5 de ago de 2024 às 11:05

Por Peter Nurse e Jessica Bahia Melo

Investing.com – Os índices futuros em Wall Street registravam fortes perdas, devido a preocupações de que a economia dos EUA esteja se desacelerando rapidamente.

Na Ásia, o índice Nikkei do Japão entrou em bear market (mercado de baixa) no início da sessão, ao despencar mais de 12%, enquanto os mercados de outras regiões acompanhavam o movimento.

No mercado cripto, o bitcoin caía com a redução do apetite pelo risco.

No Brasil, destaque para o balanço do banco Bradesco (BVMF:BBDC4).

1. Os futuros caem devido a preocupações com a recessão

Os futuros das ações dos EUA caíram acentuadamente na segunda-feira, com o setor de tecnologia sendo duramente atingido, uma vez que um relatório fraco dw folhas de pagamento não agrícolas aumentou as preocupações de que a economia dos EUA estivesse caminhando para uma recessão.

Às 8h (de Brasília), o contrato Dow futures estava 1,89%, mais baixo, o S&P 500 futures caiu 2,71%, e o Nasdaq 100 futures perdeu 4,12%.

Os índices de Wall Street sofreram uma semana brutal na semana passada, com o índice Nasdaq Composto, de alta tecnologia, registrando a terceira semana consecutiva de perdas e agora está mais de 10% abaixo do recorde estabelecido no mês passado, em território de correção.

O S&P 500 também registrou a terceira semana consecutiva de perdas, enquanto o Dow Jones Industrial Average, que vinha apresentando desempenho superior, interrompeu uma sequência de quatro semanas de ganhos, caindo 2%.

Essa venda deve continuar nesta semana, já que os investidores temem que um relatório preocupantemente fraco sobre a folha de pagamento de julho indique que o Federal Reserve manteve as taxas de juros em níveis elevados por muito tempo, arrastando a maior economia do mundo para uma recessão.

"Aumentamos nossas probabilidades de recessão de 12 meses em 10pp, para 25%", disseram analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) em uma nota, embora achassem que o perigo era limitado pelo amplo escopo que o Fed tinha para flexibilizar a política.

Os mercados agora precificam uma chance de 78% de que o Federal Reserve não apenas reduza as taxas em setembro, mas também as reduza em 50 pontos-base.

Os dados econômicos a serem divulgados na segunda-feira incluem o PMI de serviços ISM de julho, enquanto a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, falará em uma conferência após o fechamento da segunda-feira.

A gigante privada de alimentos embalados Mars está considerando uma possível aquisição da rival menor Kellanova (NYSE:K), de acordo com notícia da Reuters, divulgada no domingo. Esse negócio poderia ser um dos maiores do setor de alimentos, já que a Kellanova tem uma capitalização de mercado de cerca de US$ 27 bilhões, embora tal movimento, se ocorresse, provavelmente atrairia o escrutínio antitruste, já que ambas as empresas controlam várias marcas importantes no setor de alimentos embalados.

A Kellanova foi desmembrada da WK Kellogg (NYSE:K) em outubro do ano passado e, embora suas ações tenham subido mais de 12% até o momento este ano, ainda são negociadas com desconto em relação a outras empresas como a Hershey (NYSE:HSY) e a Mondelez (NASDAQ:MDLZ). A Mars é uma das maiores empresas privadas do mundo e é controlada pela família Mars.

CONFIRA: Calendário Econômico do Investing.com

2. Nikkei entra em território de mercado em baixa

A provável venda em Wall Street na segunda-feira já se refletiu em perdas acentuadas na Europa, com o índice de referência pan-europeu Stoxx 600 caindo mais de 2% na abertura.

Entretanto, essa fraqueza não é nada quando comparada com a queda de 13% observada no índice Nikkei 225 do Japão no início da sessão, seu pior dia desde a "Segunda-feira Negra" de 1987.

O índice já caiu mais de 20% em relação ao recorde histórico de 11 de julho, entrando no território do mercado em baixa, e apagou todos os seus ganhos até agora neste ano.

Kelvin Tay, do UBS, alertou os investidores sobre a possibilidade de usar essas perdas pesadas para voltar ao mercado japonês, dizendo na CNBC que entrar no mercado japonês neste momento é semelhante a pegar "uma faca que está caindo".

"A única razão pela qual o mercado japonês está subindo tanto nos últimos dois anos é porque o iene japonês tem estado muito, muito fraco. Quando ele se inverter, você terá que sair bem", disse Tay.

O iene se fortaleceu acentuadamente desde que o Banco do Japão aumentou as taxas de juros, ajudado antes disso pela intervenção do governo, depois de cair para o nível mais baixo em 38 anos em relação ao dólar dos EUA em junho.

Um iene mais forte pressiona os mercados acionários japoneses, pois corrói a competitividade das importantes empresas voltadas para a exportação.

ACOMPANHE: Calendário da temporada de balanços

3. Bitcoin recua para a mínima de cinco meses

O preço do Bitcoin, a maior criptomoeda do mundo, caiu na segunda-feira, atingindo uma baixa de mais de cinco meses, já que os crescentes temores de uma desaceleração econômica dos EUA prejudicaram o apetite pelo risco.

Às 8h, o Bitcoin recuou 15% para US$51.311, caindo para seu nível mais fraco desde o final de fevereiro, eliminando em grande parte uma recuperação provocada pelo lançamento de fundos negociados em bolsa Bitcoin à vista em março.

O Bitcoin - juntamente com os mercados de criptomoedas mais amplos - tem acompanhado as perdas acentuadas nos mercados de ações desde sexta-feira, já que uma série de leituras econômicas fracas dos EUA aumentou as preocupações sobre uma possível recessão.

Liderada pela queda do Bitcoin, bem como do Ethereum, a segunda moeda digital mais popular, a Coinglass revelou que mais de US$ 800 milhões foram liquidados do espaço criptográfico nas últimas 24 horas.

A incerteza sobre as perspectivas da regulamentação dos EUA também pesou sobre os mercados de criptografia, especialmente porque os dados recentes das pesquisas viram a líder democrata Kamala Harris se aproximando do candidato republicano Donald Trump.

VEJA: Cotações das ações americanas no pré-mercado

4. O petróleo cai devido a temores de desaceleração nos EUA

Os preços do petróleo caíram na segunda-feira, sendo negociados em torno das mínimas do oitavo mês, devido às crescentes preocupações com uma desaceleração econômica nos EUA, o maior consumidor de petróleo do mundo.

Às 8h, os futuros do petróleo dos EUA (WTI) caíram 1,74%, para US$72,24 por barril, enquanto o contrato Brent caiu 1,48%, para US$75,67 por barril.

Os fracos dados econômicos dos EUA na semana passada atingiram o sentimento nos mercados de petróleo, já que a perspectiva de uma recessão na maior economia do mundo é um mau presságio para a demanda futura, mesmo com os dados recentes dos estoques mostrando que o aumento da demanda de viagens durante a temporada de verão manteve o consumo de combustível elevado.

Isso se somou aos números decepcionantes de crescimento do principal importador de petróleo, a China, e às pesquisas que mostram uma atividade manufatureira mais fraca na Ásia e na Europa, aumentando as preocupações com o consumo futuro de petróleo.

Ambos os índices de referência caíram mais de 3% na semana passada, atingindo seu nível mais baixo desde janeiro na sexta-feira. Na semana passada, ambos os contratos marcaram sua quarta semana consecutiva de perdas, suas maiores séries de perdas desde novembro.

Os mercados de petróleo bruto, em grande parte, ignoraram o aumento das tensões no Oriente Médio, com Israel e os Estados Unidos esperando uma séria escalada na região depois que o Irã e seus aliados Hamas e Hezbollah prometeram retaliar Israel pelas recentes mortes de dois líderes militantes.

Também é de interesse a chegada da tempestade tropical Debby, que deve se transformar rapidamente em um furacão antes de atingir a costa do Golfo da Flórida no final da sessão, informou o Centro Nacional de Furacões dos EUA no domingo.

A grande petrolífera Chevron (NYSE:CVX) disse no domingo que havia retirado pessoal não essencial de suas instalações no Golfo do México, mas que a produção ainda não havia sido afetada.

ACOMPANHE: Cotações das commodities

5. Lucros do Bradesco em foco

O Bradesco reportou balanço referente ao segundo trimestre deste ano na manhã desta segunda, com um lucro líquido recorrente de R$4,7 bilhões, um aumento trimestral de 12% e anual de 4,4%. A rentabilidade (ROAE) chegou a 11,4% no trimestre, contra 10,2% nos primeiros três meses do ano.

O lucro teve como drivers “menores despesas com PDD, aumento de margem financeira, receita de serviços e resultado das operações de seguros”, informou o banco em release de resultados. Enquanto isso, as despesas operacionais subiram, mas conforme o previsto, diante de provisões cíveis e fiscais.

A inadimplência recuou – tanto de 15 dias até 90 dias como acima de 90 dias. A inadimplência entre 15 e 90 dias chegou a 3,7%, uma diminuição trimestral de 0,4 ponto percentual e anual de 0,7 ponto percentual. Já o indicador superior a 90 dias atingiu 4,3%, retração de 0,5 ponto percentual no trimestre, e um recuo de 1,4 ponto percentual frente o mesmo intervalo do ano anterior.

Às 8h (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) recuava 2,43% no pré-mercado.

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