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Banco Mundial afirma que crescimento da América Latina e Caribe deve desacelerar para 1,9% em 2024

TradingKey
AutorTony
10 de out de 2024 às 09:17

- O crescimento da América Latina e do Caribe deve diminuir para 1,9% em 2024, mas espera-se que acelere em 2025.

- Problemas estruturais como custo de capital elevado e infraestrutura deficiente limitam o "nearshoring" e o investimento estrangeiro direto.

- A desigualdade e a alta carga tributária sobre investimentos são desafios destacados pelo Banco Mundial.

O Banco Mundial afirmou que o crescimento econômico da América Latina e do Caribe deve enfraquecer para 1,9% em 2024, em comparação aos 2,1% de 2023, antes de acelerar novamente em 2025. A avaliação, divulgada nesta quarta-feira, destaca que a região perdeu oportunidades de avanço decorrentes de mudanças globais nas cadeias de oferta. O investimento público e privado continua insuficiente, enquanto o potencial do "nearshoring" ainda não foi plenamente realizado devido a custos de capital elevados, baixos níveis de educação, infraestrutura deficiente e instabilidade social.

Apesar do otimismo em torno do "nearshoring", o investimento estrangeiro direto permanece abaixo dos níveis de 13 anos atrás. O Banco Mundial atualizou sua previsão de crescimento para 1,9%, um pouco acima das expectativas de 1,8% em junho e 1,6% em abril. Contudo, as economias do México e Brasil, as maiores da região, devem crescer apenas 1,7% e 2,8%, respectivamente, abaixo dos 3,2% e 2,9% de 2023.

Argentina e Haiti são os únicos países na região esperados a enfrentar contração econômica neste ano, mas prevê-se uma recuperação desigual até 2025. Para 2025, a economia regional está projetada para acelerar a 2,6%, ligeiramente abaixo da previsão anterior de 2,7% do Banco Mundial.

O relatório também destaca a persistente desigualdade e os altos tributos sobre investimentos produtivos como limitadores de crescimento. A escassez de fundos governamentais sugere que a tributação da riqueza pode ser uma solução para aumentar a receita. Os bens imobiliários representam 80% da riqueza na região, refletindo uma preferência cultural e uma proteção tangível contra a inflação recorrente, ao contrário de ativos financeiros que são mais fáceis de mover e ocultar.

Revisado porTony
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