- O crescimento dos mercados emergentes será crucial para os resultados fiscais no futuro.
- A dívida em relação ao PIB aumentará em mais de 5 pontos percentuais em diversos países emergentes até 2030.
- Apenas Chile, Índia, Indonésia e Filipinas devem reduzir essa relação durante o período.
O crescimento dos mercados emergentes será decisivo para os resultados fiscais futuros, de acordo com um relatório da S&P Global divulgado nesta quarta-feira, 16 de outubro. A agência analisou 20 países soberanos de mercados emergentes e projeta que a dívida em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) aumentará mais de 5 pontos percentuais entre 2023 e 2030 no Brasil e em outros oito países, incluindo Bulgária, Colômbia, México, Polônia, Romênia, Arábia Saudita, África do Sul e Turquia.
Entre as nações emergentes com PIB superior a US$ 300 bilhões, apenas Chile, Índia, Indonésia e Filipinas são esperados a reduzir a relação dívida/PIB até 2030. Para estabilizar essa proporção, a S&P Global sugere que os governos soberanos desses mercados precisariam ajustar os seus déficits governamentais subjacentes entre 0,5 ponto percentual do PIB (África do Sul) e 1,7 pontos percentuais (Romênia) até 2030. No entanto, a agência acredita que, em muitos casos, esses ajustes fiscais não serão realizados pelos governos.