- Contratos futuros de cacau recuam diante de preocupações com a qualidade na África Ocidental e acúmulo em Gana.
- Café robusta e arábica registram alta, com expectativa de chuvas no Brasil para apoiar a safra.
- Açúcar bruto sofre queda, mas chuvas no Brasil podem melhorar a próxima temporada.
Os contratos futuros de cacau na ICE em Londres recuaram nesta segunda-feira após atingirem o maior nível em dois meses e meio. Este movimento ocorre enquanto negociantes ponderam sobre as preocupações com a qualidade da commodity na África Ocidental e o acúmulo de grãos em Gana, o segundo maior produtor mundial. A queda no contrato de março foi de 30 libras, ou 0,6%, fixando-se em 5.405 libras por tonelada, após atingir um pico anterior de 5.500 libras. Esta retração vem na sequência de um aumento de mais de 10% na semana passada.
Na África Ocidental, frequentes chuvas têm causado preocupações com mofo e níveis de umidade nos grãos, apesar das expectativas de uma colheita melhor nesta temporada. Em Gana, os produtores estão retendo grãos em busca de preços mais altos, o que pode restringir a oferta. Em Nova York, o contrato de dezembro do cacau caiu 0,2%, alcançando 7.328 dólares por tonelada.
Na seção de café, o contrato de janeiro do café robusta subiu 39 dólares, ou 0,9%, fechando em 4.318 dólares por tonelada. Anteriormente, na sexta-feira, tinha atingido o menor nível em dois meses e meio de 4.259 dólares por tonelada. O contrato de dezembro do café arábica registrou alta de 1,2%, chegando a 2,4595 dólares por libra-peso. A expectativa de chuvas no Brasil para esta semana alimenta esperanças de suporte ao desenvolvimento da safra, embora ainda haja incertezas se serão suficientes para compensar os danos causados pela seca deste ano.
O contrato de março do açúcar bruto caiu 0,14 centavo, ou 0,6%, para 21,93 centavos de dólar por libra-peso, retrocedendo em relação ao pico de três semanas de 23 centavos registrado na sexta-feira. As chuvas previstas no Brasil podem diminuir a atividade de moagem de cana até o final da temporada 2024/25, mas também prometem melhorar as perspectivas para a próxima safra. Usineiros brasileiros sustentam que os preços do açúcar precisam subir e se manter elevados para viabilizar investimentos em novas usinas. O contrato de dezembro do açúcar branco caiu 0,4%, fixando-se em 555,50 dólares por tonelada.