- A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) identificou uma tendência de queda nos preços de hortaliças em agosto, com destaque para a cebola e a batata.
- Em contrapartida, frutas como mamão, banana, laranja e maçã apresentaram aumento de preços no mesmo período.
- O Encontro Regional de Mercados Atacadistas da América Latina e Caribe também foi um dos destaques, discutindo as condições climáticas e seus impactos na comercialização de produtos hortifrutigranjeiros.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) publicou nesta semana o 9º Boletim do Prohort, revelando uma tendência de baixa nos preços de todas as hortaliças analisadas em agosto, incluindo alface, batata, cebola, cenoura e tomate. O levantamento, baseado em dados das Centrais de Abastecimento (Ceasas) de todo o Brasil, teve a cebola como a hortaliça com maior queda, registrando uma média ponderada de -31,64% em relação a julho.
A cebola viu seus preços caírem em todas as Ceasas, com São José (SC) e Recife (PE) apresentando as maiores quedas, de -45,30% e -39,41% respectivamente. Esse movimento foi impulsionado por uma oferta crescente, principalmente de regiões produtoras como Bahia, Pernambuco, Goiás e São Paulo.
A batata também seguiu a tendência de queda, com uma média ponderada de -23,67% em agosto. A oferta abundante nas Ceasas explica essa redução, apesar de um aumento de 5% na oferta em julho. No acumulado do ano, as quantidades de batata movimentadas nas Ceasas são 6% menores em comparação com o mesmo período de 2023.
O tomate, alface e cenoura também registraram quedas nos preços, com médias ponderadas de -19,25%, -16,94% e -15,50%, respectivamente. A alface teve diminuição de preço em quase todas as Ceasas analisadas, exceto no Rio de Janeiro e Goiás. Para a cenoura, a oferta abundante e produção satisfatória em Minas Gerais ajudaram a manter os preços baixos.
Por outro lado, as frutas registraram altas de preços em agosto, com destaque para o mamão, que aumentou 48,90% na média ponderada. As Ceasas de Vitória (ES) e Ceagesp (SP) apresentaram os maiores aumentos, com preços médios de R$ 5,49 e R$ 5,20 por quilo, respectivamente. A banana também viu aumentos devido à estiagem e estresse térmico que afetaram a produção.
A laranja teve alta nos preços devido à elevada destinação para moagem e oferta restrita, enquanto a maçã enfrentou aumento de preços causado pela quebra de safra no Sul e demanda elevada com a volta às aulas. As exportações de suco de laranja caíram devido à redução da oferta da fruta.
O boletim também destacou o Encontro Regional de Mercados Atacadistas da América Latina e Caribe, realizado em Santiago, Chile, em setembro, organizado pela Flama e FAO. Representantes de sete países, incluindo o Brasil, discutiram as condições climáticas e seus impactos na comercialização de frutas e hortaliças.
Os dados estatísticos do Boletim Prohort da Conab foram coletados das principais Ceasas do Brasil, refletindo grande parte do consumo de hortigranjeiros pela população. As análises completas estão disponíveis no 9º Boletim Hortigranjeiro de Setembro de 2024, no portal da Conab.