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O Tesouro Nacional comunica sua primeira emissão de títulos no mercado externo

TradingKey
AutorTony
19 de fev de 2025 às 09:21
  • O Tesouro Nacional do Brasil anunciou a emissão de títulos em dólares com prazo de 10 anos, vencendo em 2035, visando promover a liquidez e antecipar financiamentos externos.
  • A operação é liderada pelos bancos Bradesco, JP Morgan e Morgan Stanley, com um "initial price talk" de 7,05%, refletindo a estratégia de referência para o setor corporativo.
  • A emissão ocorre em um cenário de melhoria no risco do Brasil, medido pelo CDS, após preocupações fiscais e globais no passado recente.

O Tesouro Nacional do Brasil anunciou, nesta terça-feira (18), a emissão de títulos em dólares no mercado internacional, com vencimento em 2035. A operação, liderada pelos bancos Bradesco, JP Morgan e Morgan Stanley, tem como objetivo fortalecer a liquidez da curva de juros soberana em dólar e fornecer referência ao setor corporativo. O "initial price talk", uma indicação inicial de preços, foi estabelecido em 7,05%, de acordo com fontes do mercado.

Este movimento estratégico visa também antecipar o financiamento de vencimentos em moeda estrangeira, sem depender do financiamento externo, corroborando com a política econômica nacional. Em 2024, os títulos atrelados ao câmbio representaram 4,76% da dívida do país, com metas ajustadas para 2025 de 3% a 7%.

O governo brasileiro, em um esforço para expandir suas emissões de títulos sustentáveis, solicitou ao Senado a ampliação do limite de emissão no exterior de US$75 bilhões para US$125 bilhões. Anteriormente, em junho do ano passado, o Brasil emitiu US$2 bilhões em títulos atrelados a compromissos sustentáveis.

A emissão atual ocorre em um contexto de melhora no Credit Default Swap (CDS) de cinco anos do Brasil, que indica redução no risco do país após quedas motivadas por preocupações fiscais e incertezas globais. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou o alívio de mercado devido à ausência imediata de tarifas por parte dos Estados Unidos, anteriormente previstas como inflacionárias. Daniel Leal, subsecretário da Dívida Pública do Tesouro, afirmou recentemente que não há intenção de interferir no câmbio por meio dessas emissões, ressaltando que a política cambial é de responsabilidade do Banco Central.

Revisado porTony
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