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Investing.com31 de mar de 2025 às 11:50

Investing.com – Os índices futuros das ações nos Estados Unidos operam em baixa nesta segunda-feira, no início de uma semana marcada por possíveis anúncios tarifários por parte do presidente Donald Trump e por indicadores econômicos relevantes.

Segundo o Wall Street Journal, Trump estaria avaliando tarifas mais amplas e severas contra parceiros comerciais estratégicos dos EUA, a serem reveladas em 2 de abril, data que ele vem chamando de “dia da libertação”.

Enquanto isso, os preços do ouro avançam, em meio à busca por ativos defensivos, ao passo que o petróleo caminha para encerrar o trimestre em queda, refletindo receios sobre o impacto do comércio internacional na atividade econômica global.

No Brasil, as atenções se voltam ao boletim Focus hoje e à possível reação do governo brasileiro à guerra comercial.

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1. Futuros americanos em baixa

Os contratos futuros dos principais índices de ações norte-americanos recuam, refletindo a cautela dos investidores diante de uma semana marcada por anúncios tarifários de Trump e pela divulgação de dados macroeconômicos relevantes.

Às 8 h de Brasília, o Dow Jones cedia 0,68%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq 100 perdiam 1,07% e 1,46% respectivamente, no mercado futuro.

CONFIRA: Cotação das ações dos EUA na pré-abertura em Wall Street

Na semana anterior, os principais índices de Wall Street encerraram em queda, pressionados por preocupações com os efeitos das tarifas propostas por Trump sobre o crescimento e as pressões inflacionárias. Em fevereiro, o consumo das famílias cresceu abaixo do esperado, enquanto uma métrica que acompanha os preços subjacentes avançou no ritmo mais intenso em 13 meses. Já as expectativas de inflação para 12 meses atingiram o maior nível em quase dois anos e meio, segundo levantamento divulgado na sexta-feira.

“Inflação elevada combinada com arrefecimento no consumo tende a ser agravada pelas medidas tarifárias e pelos cortes de gastos públicos propostos por Trump”, escreveu James Knightley, economista-chefe internacional do ING, em nota a clientes.

Knightley alertou que aumentam os riscos de um cenário de estagflação — quando a economia desacelera enquanto os preços continuam em alta — e que esse ambiente limita a margem de atuação do Federal Reserve para realizar novos cortes de juros. O Fed manteve a taxa básica inalterada em sua última reunião, citando, entre outros fatores, a incerteza em relação à política comercial do governo.

O mercado aguarda com expectativa o dia 2 de abril, quando é previsto que Trump revele um novo pacote tarifário com potencial para alterar profundamente as relações comerciais internacionais.

Analistas apontam que esse movimento pode representar uma intensificação substancial da estratégia de reequilíbrio comercial dos EUA, intensificada desde o retorno de Trump à Casa Branca neste segundo mandato. O presidente afirmou que as medidas fazem parte de um esforço que ele apelidou de “dia da libertação”, e há expectativa de que as novas tarifas afetem tanto aliados quanto adversários, com imposições proporcionais às barreiras enfrentadas por exportadores americanos.

Membros do gabinete indicaram que pelo menos 15 países podem ser atingidos pelas medidas. Ainda assim, o Wall Street Journal relatou que o número pode ser ainda maior. De acordo com o jornal, Trump estaria cogitando a aplicação de uma tarifa fixa de 20% sobre todas as importações originadas de países com os quais os EUA mantêm déficit comercial.

Na semana passada, Trump anunciou novas tarifas sobre automóveis, cumprindo promessa de penalizar a entrada de carros e caminhonetes importados. Analistas destacam que a medida pode encarecer os veículos no mercado interno. Questionado sobre o impacto ao consumidor, Trump afirmou no fim de semana que “não está nem aí” caso montadoras estrangeiras elevem os preços.

O presidente tem defendido que as tarifas são fundamentais para corrigir desequilíbrios comerciais, gerar receitas capazes de compensar cortes tributários e estimular o retorno da produção manufatureira ao território norte-americano.

2. Trump e Putin

Em outro front, Trump declarou estar “furioso” com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em entrevista à NBC News, após críticas do líder russo à legitimidade do presidente ucraniano Volodimir Zelenski.

Trump, que vem tentando costurar um acordo para encerrar a guerra na Ucrânia, disse que poderá impor tarifas secundárias entre 25% e 50% aos compradores de petróleo russo, caso considere que o Kremlin está dificultando o avanço das negociações.

A fala marca uma mudança de postura, após semanas de elogios a Putin e críticas públicas a Zelenskiy. A atuação de Trump nas negociações tem gerado apreensão entre líderes europeus, diante do risco de um possível realinhamento entre Washington e Moscou, o que colocaria em dúvida o compromisso dos EUA com a segurança regional.

Apesar das tensões, Trump afirmou manter uma “relação muito boa” com Putin e acrescentou que sua irritação será superada rapidamente, desde que o presidente russo “faça a coisa certa”.

3. Ouro renova máxima histórica

O preço do ouro disparou na Ásia nesta segunda-feira, atingindo novo recorde, impulsionado pela procura por ativos defensivos em meio à expectativa de novas e mais abrangentes tarifas comerciais por parte de Trump.

O metal precioso já vinha acumulando forte valorização ao longo de março, diante do aumento da aversão ao risco causado pelas políticas comerciais do governo norte-americano e suas possíveis consequências econômicas.

A escalada das preocupações com uma recessão nos EUA também contribuiu para o avanço do ouro, com o Goldman Sachs (NYSE:GS) projetando agora 35% de probabilidade de contração nos próximos 12 meses.

Outros metais recuaram, acompanhando o movimento do dólar, que também perdeu força, favorecendo os preços do ouro.

4. Petróleo volátil

Os preços do petróleo recuperaram parte das perdas nesta segunda-feira e passaram a operar em alta, embora ainda estejam no caminho para encerrar o trimestre em terreno negativo. A perspectiva de desaceleração da atividade global, exacerbada pelas novas dinâmicas comerciais, tem pressionado o mercado.

Os dois principais contratos de referência caminham para registrar sua primeira queda trimestral em dois trimestres, mesmo após três semanas consecutivas de valorização.

O grupo Opep+, formado pelos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, inicia em abril um programa de aumentos mensais na produção.

CONFIRA: Cotação das principais commodities

5. Projeções econômicas e reação tarifária do Brasil

O mercado brasileiro acompanhará pela manhã as projeções dos economistas na pesquisa semanal realizada pelo banco central para os principais indicadores econômicos.

No último relatório Focus, a estimativa para a mediana da inflação medida pelo IPCA para 2025 recuou para 5,65%, permanecendo acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. A taxa Selic foi mantida em 15% no fim deste ano. A projeção para o dólar ao final de 2025 caiu levemente para R$ 5,95, enquanto a expectativa de crescimento do PIB teve leve recuo, de 1,99% para 1,98%, sinalizando uma visão ainda cautelosa quanto ao ritmo de expansão da atividade.

No cenário político, as autoridades brasileiras vêm demonstrando uma postura cautelosa perante as ameaças tarifárias do governo dos Estados Unidos, priorizando o diálogo bilateral, antes de recorrer a medidas retaliatórias ou a contenciosos na Organização Mundial do Comércio.

Na semana passada, o presidente Lula declarou que o Brasil esgotará todas as vias de negociação, embora tenha sinalizado disposição para adotar a reciprocidade, caso necessário.

O vice-presidente Geraldo Alckmin destacou que os EUA mantêm superávit na balança comercial com o Brasil, argumento usado para tentar isentar o país das novas tarifas, ao mesmo tempo em que reforçou os vínculos produtivos entre as duas economias.

Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou a posição privilegiada do Brasil no cenário da guerra comercial global e evitou qualquer alinhamento automático, frisando a importância do equilíbrio nas relações com China e Estados Unidos.

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