Em um evento do Fundo Monetário Internacional (FMI) na Arábia Saudita, nesta segunda-feira (17), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a inflação brasileira entre 4% e 5% é "relativamente normal", apesar de estar fora da meta governamental de 3% com tolerância de 1,5%. Esses níveis são considerados consistentes desde o Plano Real. Em 2024, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) alcançou 4,83%, valor que deve se manter este ano, segundo previsões econômicas.
Haddad destacou que a valorização do dólar no final de 2024 causou um "repique" inflacionário, exigindo intervenção do Banco Central nos juros. Entretanto, o dólar já retornou a níveis adequados. Segundo o ministro, as medidas fiscais em curso não são recessivas e devem garantir um crescimento econômico entre 3% e 4%.
A Selic, atualmente em 13,25% ao ano, é uma ferramenta crucial utilizada pelo Banco Central para controlar a inflação. Baseando-se em indicadores econômicos, o Copom pode decidir por ajustes na taxa, dependendo do alinhamento destes com a meta governamental. A expectativa é de que a inflação se estabilize com a queda recente do dólar e que o Banco Central cesse o aumento da Selic em breve.