O Ministério da Fazenda projeta que a inflação em 2025 permanecerá em 4,8%, igualando a taxa de 2024. Segundo documento da Secretaria de Política Econômica (SPE), divulgado em 13 de outubro, a inflação deve continuar próxima ao limite superior da meta governamental de 4,5%. Os principais impulsionadores de preços são a energia elétrica e o transporte público, com impacto significativo da alta do dólar no ano anterior.
A SPE destaca que, embora bens industriais devam subir de preço devido à desvalorização do real, espera-se que os preços dos alimentos caiam em 2025. Com previsão de uma super safra, a oferta de carne, arroz, feijão e leite deve aumentar, estabilizando os custos. Contudo, o trigo pode encarecer por conta de uma colheita insuficiente em 2024.
As tarifas de serviços, como restaurantes e escolas, devem se manter estáveis. Embora a política monetária restritiva possa reduzir a demanda em alguns setores, itens como alimentação fora de casa e serviços financeiros podem continuar a subir. Isso tudo considera uma taxa de câmbio de R$ 6 por dólar; qualquer valorização do real poderia diminuir pressões inflacionárias.
Conforme a SPE, a inflação de 2025 será fortemente influenciada pelo câmbio e pela estabilidade econômica, fatores que ainda pressionam os preços de serviços. Em contraste, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024, divulgado pelo IBGE, encerrou em 4,83%, excedendo a meta de 3% estabelecida pelo governo. Isso levou o presidente do Banco Central, Gabriel Galipolo, a justificar o desvio da meta, citando riscos que se materializaram e influenciaram as decisões futuras do Comitê.