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Petrobras pode enfrentar reajuste iminente nos combustíveis devido à defasagem de preços e sanções à Rússia, impactando inflação de 2025

TradingKey
AutorTony
20 de jan de 2025 às 08:18
  • A Petrobras enfrenta uma defasagem significativa nos preços dos combustíveis em comparação com o mercado internacional, o que pode levar a um reajuste iminente para evitar perdas maiores.
  • A inflação no Brasil pode ser impactada por este reajuste, especialmente em fevereiro de 2025, devido ao aumento dos preços dos combustíveis e outras pressões inflacionárias.
  • As sanções contra a Rússia estão elevando os preços do petróleo, complicando ainda mais a situação e aumentando a pressão para ajustes nos preços internos.

A Petrobras enfrenta uma defasagem significativa nos preços dos combustíveis, com o diesel 22% e a gasolina 13% abaixo dos preços praticados no Golfo do México. Esta situação vem em meio a uma escalada dos preços internacionais do petróleo impulsionada por novas sanções ao setor energético russo. Desde agosto de 2023, a empresa já havia ajustado o diesel em 25% e a gasolina em 16%, mas o cenário atual pode demandar novas correções.

Um eventual ajuste nos preços dos combustíveis impactaria a inflação de 2025, especialmente em fevereiro, mas aliviaria importadores e produtores de etanol que vêm perdendo espaço devido aos preços estagnados. Na Refinaria de Mataripe, por exemplo, o diesel é vendido 11% abaixo do mercado internacional e a gasolina 7% inferior. A estatal não reajusta o diesel há 383 dias e a gasolina há 188 dias, enquanto o querosene de aviação teve um aumento de 7% em janeiro.

André Braz, economista da FGV, afirma que é difícil a Petrobras evitar um reajuste por muito tempo, o que pressionaria a inflação de janeiro e principalmente de fevereiro. A gasolina, que representa 5% do orçamento familiar, pode ter reajuste em breve devido à desvalorização cambial e à alta do petróleo. No entanto, em janeiro, a redução de 13% na conta de energia, devido à Usina Hidrelétrica de Itaipu, pode aliviar o impacto inflacionário.

No mercado internacional, as sanções contra a Rússia elevam o preço do petróleo ao maior patamar desde outubro do ano passado, segundo Isabela Garcia, analista da StoneX. Isso aumenta os riscos e a dificuldade de negociar produtos russos, enquanto países como Índia e China buscam alternativas para suprir suas necessidades diante de um balanço global de oferta e demanda já apertado.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou anteriormente não haver intenção de mexer nos preços, mesmo com o petróleo abaixo de US$ 80 o barril. Contudo, o diretor financeiro Fernando Melgarejo reforçou que não há pressa para reajustes. Até a publicação deste artigo, a estatal não havia se pronunciado sobre possíveis ajustes.

Revisado porTony
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