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Investing.com10 de out de 2024 às 11:28

Investing.com -- Os principais índices futuros em Wall Street recuavam antes da divulgação do índice de preços ao consumidor (IPC) nos EUA, às 9h30 de Brasília, além de uma série de balanços corporativos. Economistas preveem que o ritmo de crescimento da inflação tenha se aproximado da meta de 2% do Federal Reserve em setembro.

Na tarde de ontem, a ata da reunião do Fed de setembro mostrou que uma "grande" maioria dos membros apoiou um corte de 50 pontos-base nas taxas de juros, embora alguns diretores tenham manifestado preocupações com o tamanho dessa redução.

No Brasil, o governo estuda criar um imposto mínimo para milionários, a fim de cumprir promessa de campanha.

1. Futuros americanos em queda

Os futuros de ações nos EUA recuaram na quinta-feira, à medida que investidores adotam uma postura cautelosa antes de uma série de novos dados econômicos e resultados corporativos.

Às 7h50 de Brasília, o índice Dow recuava 43,5 pontos, ou 0,10%, enquanto o S&P 500 perdia 11,5 pontos (0,20%) e o Nasdaq 100 se desvalorizava 32,2 pontos (0,16%) no mercado futuro.

Os principais índices de Wall Street encerraram a sessão anterior em alta, favorecidos, em parte, pela divulgação da ata da reunião do Fed em setembro (detalhes abaixo).

Em relação a ações específicas, os papéis da Alphabet (NASDAQ:GOOGL) recuperaram parte das perdas após o Departamento de Justiça dos EUA indicar, em uma petição judicial, que pode pedir a um juiz a divisão de partes do negócio de buscas da gigante Google.

VEJA MAIS: Google vai ser desmembrado? Veja o que dizem analistas de Wall Street

2. Expectativa para inflação nos EUA

Os mercados poderão analisar novos dados de inflação na quinta-feira, que podem influenciar as futuras decisões de política monetária do Fed.

Economistas preveem que o índice de preços ao consumidor (IPC), um indicador-chave da inflação nos EUA, desacelerou para 2,3% em termos anuais em setembro, frente aos 2,5% registrados em agosto. No comparativo mensal, a previsão é de uma desaceleração para 0,1%, ante 0,2%.

O chamado "núcleo" do IPC, que exclui itens mais voláteis, como alimentos e combustíveis, deve manter o ritmo anual de 3,2% registrado em agosto e reduzir levemente para 0,2% na base mensal.

Em outro ponto, espera-se que os pedidos semanais de seguro-desemprego subam para 231.000, em comparação com 225.000 da leitura anterior, embora ainda não esteja claro como o número será impactado pelo furacão Helene, que atingiu o sudeste dos EUA, e pelas greves na Boeing (NYSE:BA).

Após um relatório de emprego (payroll) surpreendente na semana passada, aumentaram as expectativas de que o Fed consiga atingir um "pouso suave" para a economia dos EUA, no qual a inflação elevada seria controlada sem causar um colapso no mercado de trabalho ou na atividade econômica mais ampla.

3. Ata mostra que maioria expressiva do Fed apoiou corte maior em setembro

Uma "maioria expressiva" dos membros do Fed apoiou uma redução de 50 pontos-base na taxa de juros em sua reunião de 17-18 de setembro, segundo a ata do encontro.

Contudo, houve divergências sobre o tamanho do corte, com a governadora Michelle Bowman sendo a única entre os 12 membros do comitê de política monetária a votar contra, preferindo um corte mais conservador de 25 pontos-base.

A ata também revelou que um número não especificado de formuladores de políticas considerou que uma redução menor seria justificada, citando a resiliência do mercado de trabalho e preocupações de que a inflação ainda se mantenha acima da meta do Fed.

No entanto, os membros concordaram que o corte de 50 pontos-base não define necessariamente um caminho claro para futuras reduções de taxas.

Os traders estão precificando cerca de 85% de probabilidade de que o Fed reduza as taxas em mais 25 pontos-base na reunião de novembro, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME Group (NASDAQ:CME). Já a chance de que os custos de empréstimo permaneçam inalterados, no intervalo atual de 4,75% a 5,00%, é de aproximadamente 15%.

4. Petróleo em alta com furacão Milton atingindo a Flórida

Os preços do petróleo subiram na quinta-feira, à medida que o furacão Milton atingiu fortemente a Flórida, aumentando as preocupações com possíveis interrupções no fornecimento no Oriente Médio.

No momento da redação, o barril do Brent, referência internacional e para a Petrobras (BVMF:PETR4), subia 1,59%, para US$ 77,80, enquanto o barril do Texas (WTI), referência nos EUA, valorizava-se 1,69%, para US$ 74,50 no mercado futuro.

Ambos os contratos caíram cerca de 5% nas duas sessões anteriores.

Nos EUA, o furacão Milton atingiu a Flórida, e embora tenha desviado em grande parte da infraestrutura petrolífera no Golfo do México, já provocou um aumento na demanda por gasolina no estado, o que ajudou a sustentar os preços do petróleo.

Além disso, os traders permanecem atentos a uma possível escalada do conflito no Oriente Médio, especialmente se Israel atacar instalações petrolíferas no Irã.

VEJA TAMBÉM: Cotação das principais commodities

5. Governo quer criar imposto mínimo para milionários

O governo brasileiro está estudando a criação de um imposto mínimo para milionários, a fim de financiar o aumento da faixa de isenção do imposto de renda de pessoas físicas para R$ 5.000, segundo reportagem da Folha de São Paulo. Trata-se de uma promessa de campanha de Lula. A ideia é aplicar uma alíquota de 12% a 15% sobre a renda total de indivíduos com ganhos anuais superiores a R$ 1 milhão, caso o valor do imposto efetivamente pago seja menor que o mínimo estipulado. A medida busca tributar lucros e dividendos atualmente isentos e tornar o sistema tributário mais progressivo, conforme recomendado pela OCDE.

(Com contribuição de Julio Alves)

Revisado porTony
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