A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, atingiu um novo marco ao encerrar 2024 com US$ 11,6 trilhões sob gestão, um aumento expressivo em comparação aos US$ 10,01 trilhões do ano anterior. A receita anual da empresa ultrapassou US$ 20 bilhões, marcando um acréscimo de 14% em relação a 2023. Este crescimento robusto foi impulsionado por um forte mercado de ações, especialmente nos Estados Unidos, após a vitória presidencial de Donald Trump, que incentivou expectativas de cortes de impostos corporativos e desregulamentação.
No quarto trimestre de 2024, a BlackRock reportou um aumento de 23% no lucro líquido ajustado por ação, alcançando US$ 11,93, enquanto a receita trimestral cresceu para quase US$ 5,7 bilhões. A gestora captou US$ 641 bilhões em novos investimentos de clientes durante o ano, um recorde impulsionado por significativos influxos em seus negócios de ETFs, fundos de ações e renda fixa.
A BlackRock também anunciou investimentos estratégicos no setor de ativos privados, totalizando mais de US$ 25 bilhões. As aquisições incluem o fundo de investimento em infraestrutura Global Infrastructure Partners e a empresa de crédito privado HPs Investment Partners. A empresa espera dobrar o total sob sua gestão em ativos privados, posicionando-se para competir com grandes players como Blackstone, KKR e Apollo Global Management.
Apesar das conquistas, a BlackRock enfrentou um revés, registrando um prejuízo de US$ 600 milhões em seu investimento na Alacrity, uma empresa de terceirização de seguros. As ações da BlackRock subiram 26% em 2024, superando o índice S&P 500, que avançou 23%. Após a divulgação dos resultados, as ações da empresa subiram cerca de 3%, refletindo a confiança dos investidores no potencial de crescimento contínuo da gestora.