O governo chinês está avaliando a possibilidade de Elon Musk adquirir as operações americanas do TikTok, caso a empresa não consiga evitar uma proibição nos Estados Unidos. As discussões são preliminares e envolvem a venda para Musk, um aliado próximo de Donald Trump, o que poderia atrair a administração chinesa. Em janeiro, o TikTok argumentou no Tribunal Supremo dos EUA contra a proibição, mas os juízes indicaram que a lei pode ser mantida.
As autoridades chinesas preferem que o TikTok continue sob a gestão da ByteDance, mas estão considerando alternativas, como a venda para Musk. Essa possibilidade surge em meio a negociações mais amplas sobre as relações entre China e o governo de Trump, que verá um novo mandato presidencial a partir de 20 de janeiro. Musk, que já contribuiu financeiramente para Trump e mantém negócios significativos na China através da Tesla, poderia desempenhar um papel crucial nesse contexto.
As operações do TikTok nos EUA são avaliadas entre 40 e 50 bilhões de dólares, uma soma significativa, mesmo para Musk, o homem mais rico do mundo. No entanto, a venda exigiria aprovação das autoridades chinesas devido às regulamentações de exportação que protegem o algoritmo da plataforma. A ByteDance, por sua vez, prioriza combater a legislação que obriga a venda, argumentando que a proibição viola a liberdade de expressão.
A possível venda do TikTok a Musk reflete a complexidade das relações comerciais e geopolíticas entre China e EUA. Enquanto Musk pode ser um mediador influente nessa dinâmica, a decisão final ainda depende de aprovações legais e estratégicas. Além disso, a intenção de TikTok mover seus usuários para outra plataforma, caso necessário, ilustra a complexidade das negociações em curso.