tradingkey.logo

Fábrica de acabamento de aeronaves da Boeing na China é novo ponto crítico na guerra tarifária

Reuters17 de abr de 2025 às 17:00

Por Lisa Barrington e Sophie Yu e Dan Catchpole e Tim Hepher

- A norte-americana Boeing BA.N enfrentou nesta quinta-feira novas questões sobre o impacto das tarifas às exportações para a China, quando os holofotes se voltaram para o destino de jatos que estão em uma fábrica de acabamento de aeronaves perto de Xangai.

No início desta semana, foi relatado que a fabricante de aviões enfrentaria uma proibição chinesa de importações, como parte de um confronto crescente sobre as tarifas globais "recíprocas" do governo do presidente dos EUA, Donald Trump. Fontes da indústria disseram, no entanto, que o status das regras permanece incerto.

Em um sinal de que a Boeing estava se preparando para transações normais apenas algumas semanas antes de Trump anunciar tarifas, em 2 de abril, dados de rastreamento mostraram quatro novos aviões 737 MAX parados em um centro de conclusão e entrega em Zhoushan, onde a Boeing instala interiores e faz pinturas antes de entregar as aeronaves aos clientes na China.

Três chegaram em março e um chegou na semana passada da Boeing em Seattle, de acordo com o Flightradar24.

No entanto, a publicação de aviação The Air Current informou nesta quinta-feira que o primeiro de três desses aviões foi marcado para ser recolhido aos Estados Unidos sem entrega.

A Boeing não quis comentar.

A fabricante de aviões inaugurou a fábrica a sudeste de Xangai em 2018, em meio a uma rodada anterior de tensões comerciais entre Washington e Pequim durante a primeira presidência de Trump.

Embora a Boeing não tenha seguido a europeia Airbus AIR.PA ao montar aviões completos na China, analistas disseram que o objetivo era construir uma liderança em um dos maiores mercados de viagens aéreas do mundo.

Fontes da indústria aeroespacial e de companhias aéreas disseram que não houve confirmação de uma proibição formal de entregas da Boeing, conforme relatado no início desta semana pela Bloomberg News, mas que a imposição de tarifas bloquearia efetivamente as importações por enquanto.

Uma fonte sênior do setor disse que a Boeing e os fornecedores estão se planejando com base no fato de que a empresa não entregará aviões para a China neste momento.

O Ministério das Relações Exteriores da China não quis comentar.

Questionado pela mídia sobre a proibição relatada, um porta-voz disse: "Eu o encaminharia às autoridades competentes".

ENTREGAS NO LIMBO

No setor aeroespacial, Zhoushan é o mais recente ponto de parada em uma crescente guerra comercial liderada pelos EUA. Fabricantes de aeronaves, companhias aéreas e fornecedores estão revisando contratos após a Reuters noticiar que a fornecedora norte-americana Howmet Aerospace HWM.N iniciou um debate sobre o custo das tarifas, ao declarar um "evento de força maior".

A confusão sobre a mudança de tarifas pode deixar muitas entregas de aeronaves no limbo, com alguns executivos de companhias aéreas dizendo que adiariam a entrega dos aviões em vez de pagar taxas.

Historicamente, a Boeing enviava um quarto de suas entregas para a China, mas a proporção vem caindo devido a tensões comerciais anteriores, uma crise de segurança do 737 MAX e o impacto da pandemia da Covid-19.

Analistas disseram que uma interrupção de curto prazo nas entregas para a China não teria um impacto imediato importante na Boeing, já que ela poderia atender outras companhias aéreas, enquanto a europeia Airbus não tem capacidade ociosa.

A longo prazo, porém, a China continua sendo um mercado estratégico. A Boeing afirma que a China mais que dobrará sua frota até 2043, com o país prestes a ultrapassar os EUA em termos de tráfego aéreo.

(Reportagem de Lisa Barrington, Sophie Yu, Dan Catchpole, Allison Lampert; texto de Lisa Barrington e Tim Hepher)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS FDC

Aviso legal: As informações fornecidas neste site são apenas para fins educacionais e informativos e não devem ser consideradas como aconselhamento financeiro ou de investimento.
tradingkey.logo
tradingkey.logo
Dados intradiários fornecidos pela Refinitiv e sujeitos aos termos de uso. Dados históricos e atuais de fim de dia fornecidos pela Refinitiv. Todas as cotações estão em horário local. Os dados da última venda em tempo real para cotações de ações dos EUA refletem apenas as negociações registradas pela Nasdaq. Dados intradiários com atraso de pelo menos 15 minutos ou de acordo com os requisitos da bolsa.
* Referências, análises e estratégias de negociação são fornecidas pelo provedor terceirizado, Trading Central, e o ponto de vista é baseado na avaliação e no julgamento independentes do analista, sem considerar os objetivos de investimento e a situação financeira dos investidores.
Aviso de Risco: Nosso site e aplicativo móvel fornecem apenas informações gerais sobre certos produtos de investimento. A Finsights não fornece, e a provisão dessas informações não deve ser interpretada como a Finsights fornecendo, aconselhamento financeiro ou recomendação para qualquer produto de investimento.
Os produtos de investimento estão sujeitos a riscos de investimento significativos, incluindo a possível perda do valor principal investido e podem não ser adequados para todos. O desempenho passado dos produtos de investimento não é indicativo de seu desempenho futuro.
A Finsights pode permitir que anunciantes ou afiliados de terceiros coloquem ou entreguem anúncios em nosso site ou aplicativo móvel ou em qualquer parte deles e pode ser compensada por eles com base na sua interação com os anúncios.
 © Direitos autorais: FINSIGHTS MEDIA PTE. LTD. Todos os direitos reservados.