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Após Harvard rejeitar exigências de Trump, Columbia segue em negociações sobre financiamento federal

Reuters15 de abr de 2025 às 19:02

Por Jonathan Allen

- A Universidade de Columbia disse que mantém negociações de "boa fé" com o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para restabelecer o financiamento federal, horas após Harvard rejeitar exigências do governo para auditar a "diversidade de pontos de vista" de seus alunos e professores, entre outras reformas.

A presidente interina de Columbia, Claire Shipman, disse na noite de segunda-feira que a universidade privada de Nova York não cederia terreno em seu compromisso com a liberdade acadêmica durante as negociações com o governo.

Começando pela Columbia, o governo Trump ameaçou universidades de todo o país pela forma como lidaram com os protestos pró-palestinos que agitaram os campi no ano passado após o ataque liderado pelo Hamas em 2023 dentro de Israel e os subsequentes ataques israelenses a Gaza.

O governo Trump afirmou que o antissemitismo explodiu em meio aos protestos. Os manifestantes dizem que suas críticas a Israel e à política externa dos EUA foram erroneamente confundidas com antissemitismo.

Em uma carta na segunda-feira, o presidente de Harvard, Alan Garber, rejeitou as exigências do governo Trump de que a instituição encerrasse seus esforços relacionados à diversidade e tomasse outras medidas para garantir o financiamento, considerando-as "afirmações de poder sem precedentes, desvinculadas da lei" que violavam os direitos constitucionais de liberdade de expressão da escola e a Lei de Direitos Civis.

Ele escreveu que o financiamento sob ameaça era usado em pesquisas médicas, de engenharia e outras pesquisas científicas que levaram a inovações que "tornaram inúmeras pessoas em nosso país e em todo o mundo mais saudáveis e seguras".

Horas depois da divulgação da carta de Garber, a Força-Tarefa Conjunta de Combate ao Antissemitismo do governo Trump disse que estava congelando contratos e subsídios para Harvard, a universidade mais antiga e mais rica do país, no valor de mais de US$2 bilhões, de um total de US$9 bilhões.

Mais tarde, ainda na segunda-feira, Shipman disse que a instituição vai continuar com o que considera "discussões de boa fé" e "diálogo construtivo" com a força-tarefa contra o antissemitismo do Departamento de Justiça dos EUA, iniciado a partir do anúncio do governo, no início de março, de que estava encerrando concessões e contratos da Columbia no valor de US$400 milhões.

"Essas discussões não foram concluídas e não chegamos a nenhum acordo com o governo até o momento", escreveu Shipman.

Segundo ela, algumas das exigências de Trump, incluindo mudanças na governança compartilhada e a abordagem da "diversidade de pontos de vista", "não estavam sujeitas a negociação".

"Rejeitaríamos qualquer acordo em que o governo ditasse o que ensinamos, pesquisamos ou quem contratamos", escreveu ela.

De acordo com o Título VI da Lei de Direitos Civis, que proíbe a discriminação de beneficiários de financiamento federal com base em raça ou origem nacional, os fundos federais só podem ser cancelados após um longo processo de investigação e audiências, o que não ocorreu em Columbia.

Um dos ex-alunos mais famosos da Columbia, o ex-presidente dos EUA, Barack Obama, elogiou a resposta de Harvard a uma "tentativa ilegal e desastrada de sufocar a liberdade acadêmica".

"Esperemos que outras instituições sigam o exemplo", escreveu Obama, um democrata, em uma declaração na noite de segunda-feira.

Trump, um republicano, disse em uma postagem na mídia social nesta terça-feira que está ponderando se tenta acabar com o status de isenção fiscal de Harvard caso a instituição continua a promover o que ele chamou de "doença política, ideológica e inspirada/apoiada por terroristas?".

O impasse entre o governo Trump e as universidades ocorre no momento em que ele enfrenta contestações judiciais às suas políticas de imigração e a resistência dos procuradores-gerais de Estados, que tentam bloquear a demissão de funcionários públicos e a suspensão de trilhões de dólares em subsídios federais, empréstimos e apoio financeiro.

(Reportagem de Jonathan Allen)

((Tradução Redação Brasília))

REUTERS MCM

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