O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não utilizará o espaço fiscal do orçamento para diminuir o preço dos alimentos, citando que "não tem nada disso no horizonte". Ele atribuiu a recente alta dos preços à valorização do dólar, ressaltando que, quando a moeda americana se estabilizar, haverá um efeito positivo nos preços. Segundo Haddad, a alta do dólar impacta diretamente commodities como leite, café, carne e frutas, que são itens exportáveis do país.
Em resposta às especulações sobre possíveis medidas do governo para controlar os preços dos alimentos, Haddad esclareceu que não há planos para intervenções fiscais nesse sentido. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, também recuou em declarações anteriores, afirmando que o governo está preparando medidas para ajustar a inflação dos alimentos, que teve um aumento de 7,69% no ano, conforme dados do IBGE.
Para contornar a situação, o governo aposta em uma safra agrícola recorde de 322,6 milhões de toneladas até 2025 e está planejando diversificar a produção agrícola. O objetivo é evitar a dependência de regiões específicas, que pode causar problemas em caso de desastres naturais, como o ocorrido no Rio Grande do Sul no ano passado, que resultou em escassez e alta nos preços do arroz. O Plano Safra atual já contempla estratégias para espalhar a produção por diferentes estados, com o intuito de garantir a sustentabilidade e estabilidade dos preços dos alimentos.