Durante uma coletiva de imprensa após sua posse, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou seu desejo de construir uma boa relação com o Brasil. No entanto, ele ressaltou que não precisa do Brasil ou de outras nações emergentes, afirmando que “eles precisam de nós. Todos eles”. Em resposta às propostas do Brics de usar moedas locais no comércio, Trump alertou que os países do bloco, liderado pelo Brasil este ano, sofrerão tarifas de 100% sobre seus produtos no mercado americano caso reduzam o papel do dólar. Ele afirmou que "não há como fazer isso, vão desistir", destacando os riscos à posição do dólar como moeda global.
O Brics, grupo que atualmente inclui dez nações, busca priorizar o uso de moedas locais para facilitar o fluxo de exportações, o que, segundo os EUA, ameaça a hegemonia do dólar. Trump erroneamente mencionou que o bloco tem "uns seis ou sete países", subestimando a sua atual composição.
Por outro lado, o presidente do Brasil, Lula, ressaltou não querer disputas com os Estados Unidos. Durante a abertura da primeira reunião ministerial do ano, Lula afirmou desejar que Trump faça uma gestão benéfica para que "os Estados Unidos continuem a ser o parceiro histórico que é do Brasil". O líder brasileiro enfatizou a importância da paz e da diplomacia nas relações internacionais, evitando conflitos e encrencas.