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20 milhões de transações Pix "somem" diariamente após boatos sobre taxação

TradingKey
AutorTony
17 de jan de 2025 às 07:10
  • A Receita Federal revogou um ato normativo sobre o aumento do monitoramento das transações via Pix após desinformações se espalharem rapidamente.
  • O governo planeja uma Medida Provisória para garantir a gratuidade e o sigilo das transações Pix, equiparando-o ao dinheiro vivo.
  • A disseminação de fake news nas redes sociais gerou desconfiança e um pico de buscas no Google sobre o tema.

A Receita Federal decidiu suspender um ato normativo que previa o aumento do monitoramento das transações feitas via Pix, depois que desinformações sobre o tributo se espalharam rapidamente nas redes sociais. Para mitigar os danos causados por essa falsa narrativa, o governo brasileiro planeja apresentar uma Medida Provisória (MP) que assegura a gratuidade e o sigilo das transações Pix, sem diferenças de valores cobrados em relação a pagamentos em dinheiro. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a MP equiparará o sistema de pagamentos instantâneos ao uso de dinheiro vivo.

A urgência da medida está diretamente ligada à velocidade com que a desinformação sobre uma suposta taxação do Pix se disseminou, gerando preocupações sobre a transparência do sistema de pagamentos. O governo enfrentou dificuldades para interromper a proliferação de fake news, especialmente aquelas propagadas pela oposição, que geraram um engajamento vinte vezes maior nas redes sociais do que as publicações da base aliada.

Dados da Bites revelam que as postagens de deputados da oposição alcançaram 4,6 milhões de interações, enquanto as dos parlamentares governistas registraram pouco mais de 218 mil. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira, por exemplo, foi visto mais de 200 milhões de vezes. O aumento maciço de buscas relacionadas ao Pix no Google, desde seu lançamento em 2020, e a visualização de vídeos no YouTube reforçam o impacto da desinformação.

Relatórios indicam que mais de 22 milhões de pessoas foram expostas a informações falsas sobre o Pix entre 9 e 13 de janeiro. Em resposta, a Advocacia Geral da União (AGU) solicitou à Polícia Federal a abertura de um inquérito para investigar os responsáveis por essas publicações enganosas. A falta de uma estratégia de comunicação eficaz do governo, especialmente em mídias regionais, pode resultar em crescentes dificuldades para contrapor as narrativas falaciosas promovidas pela oposição, conforme apontado por análises da Bites.

Revisado porTony
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