Por Peter Nurse e Jessica Bahia Melo
Investing.com -- Os principais índices futuros de Wall Street apresentavam pouca variação no início da manhã desta terça-feira, 10, com a Oracle sendo o foco principal, depois que a gigante da tecnologia não atingiu as expectativas de crescimento da receita.
Ainda no cenário corporativo, a fabricante de chips TSMC impressionou mais uma vez com seus números, enquanto a Ashtead está de olho em uma listagem em Nova York.
No Brasil, expectativa para indicador oficial de inflação, o IPCA.
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A Oracle (NYSE:ORCL) divulgou seus resultados do segundo trimestre fiscal após o fechamento do pregão de segunda-feira, e suas ações estão sendo negociadas em forte queda depois que seus números ficaram aquém das estimativas de Wall Street, apesar da demanda contínua por infraestrutura de nuvem liderada por IA.
A Oracle registrou receita de US$ 14,06 bilhões no segundo trimestre, um aumento de 9% em relação ao ano anterior, mas abaixo das estimativas de US$ 14,11 bilhões, de acordo com dados compilados pela LSEG.
As expectativas de Wall Street para as empresas ligadas à IA têm sido altas, pois elas apostam que a tecnologia será um forte impulsionador de crescimento no futuro.
A empresa tem investido bilhões na atualização de sua infraestrutura de nuvem e, embora a Oracle tenha observado um crescimento saudável em seu segmento de nuvem, ela também precisa competir com pesos pesados como a Microsoft (NASDAQ:MSFT) e a Amazon (NASDAQ:AMZN) no campo.
Ainda assim, a Oracle continua otimista em relação ao futuro, com o executivo-chefe Safra Catz afirmando que a receita total da nuvem da Oracle deve chegar a US$ 25 bilhões no ano fiscal de 2025.
As ações da empresa subiram mais de 80% até agora neste ano, mas estão caindo cerca de 8% nas negociações de pré-mercado.
Os futuros de ações dos EUA caíram marginalmente na terça-feira, com os investidores cautelosos em investir nesses níveis elevados antes da divulgação dos principais dados de inflação.
Às 7h54 (de Brasília), o contrato Dow futuros estava em queda de 0,1%, o S&P 500 futuros subia 0,04%, e o Nasdaq 100 futuros cganhava 0,03%.
Os principais índices caíram na segunda-feira, com o S&P 500 e o Nasdaq Composto recuando em relação aos novos recordes de alta registrados no final da semana passada.
É provável que as negociações sejam relativamente calmas na terça-feira, já que o principal evento desta semana é a divulgação, na quarta-feira, do índice de preços ao consumidor de novembro dos EUA, que pode influenciar o pensamento do Federal Reserve em termos de taxas de juros em sua reunião na próxima semana.
A Oracle estará no centro das atenções corporativas depois que a gigante da tecnologia divulgou seus resultados após o fechamento na segunda-feira [veja acima], enquanto também são esperados resultados de empresas como GameStop (NYSE:GME) e Dave & Buster's Entertainment (NASDAQ:PLAY).
ACOMPANHE: Mercados futuros globais
A Taiwan Semiconductor Manufacturing (NYSE:TSM) registrou outro trimestre impressionante, já que a maior fabricante de chips contratada do mundo relatou um aumento acentuado na receita ano a ano até novembro, devido à forte demanda alimentada por IA.
A receita líquida da TSMC aumentou 34% em relação ao ano passado, resultando em um crescimento de receita de 31,8% no acumulado do ano, aumentando ligeiramente em relação ao mês anterior.
A TSMC observou um salto exponencial na receita no último ano devido à crescente demanda do setor de inteligência artificial em rápido crescimento.
No entanto, começaram a surgir dúvidas sobre por quanto tempo esse crescimento pode ser sustentado, já que a construção de data centers e a demanda por novos chips devem desacelerar eventualmente.
Esses dados colocaram mais lenha na fogueira, pois a leitura de novembro mostrou que a receita caiu 12,2% em relação ao número de outubro.
A TSMC é uma das principais fornecedoras da Nvidia (NASDAQ:NVDA), uma das maiores empresas de IA, e recentemente disse que espera que a demanda permaneça robusta até 2025.
A Ashtead (LON:AHT) está indo para o outro lado do oceano.
A empresa britânica de aluguel de equipamentos planeja transferir sua listagem principal de Londres para Nova York, somando-se ao número crescente de empresas europeias que estão optando por listagens nos EUA, esperando que as avaliações sejam mais altas.
A Ashtead já fez grandes incursões no mercado americano, começando com a aquisição da Sunbelt Rentals em 1990, sendo que a região agora representa a grande maioria de sua receita e lucro.
O grupo, que aluga equipamentos nos segmentos de construção, reparos, entretenimento e resposta a emergências, é a segunda maior empresa de aluguel de equipamentos dos EUA, com 1.215 lojas em todos os 50 estados.
A Ashtead espera que o plano seja implementado nos próximos 12 a 18 meses, depois de consultar seus acionistas.
O grupo também alertou para um lucro anual menor devido a um mercado de construção comercial fraco nos Estados Unidos.
Os preços do petróleo caíam na terça-feira após os ganhos saudáveis da sessão anterior, com os comerciantes avaliando a turbulência no Oriente Médio, bem como as perspectivas econômicas chinesas.
Às 7h55, os futuros do petróleo bruto dos EUA (WTI) caíram 0,1% para US$67,87 por barril, enquanto o contrato Brent foi negociado praticamente em queda de 0,64% em US$71,68 por barril.
Entretanto, desde então, as preocupações sobre as consequências da derrubada do presidente sírio Bashar al-Assad diminuíram, com os rebeldes da Síria trabalhando para formar um governo e restaurar a ordem.
Voltando à China, espera-se que a Conferência Central de Trabalho Econômico do país, que deve começar na quarta-feira, forneça mais informações sobre o estímulo planejado, depois que Pequim disse que apoiará "vigorosamente" o consumo local no início da semana.
Em um sinal positivo, as importações da China de petróleo aumentaram em novembro em relação ao ano anterior, no primeiro crescimento anual em sete meses, segundo dados divulgados na terça-feira.
CONFIRA: Cotações das commodities
Os investidores aguardam a divulgação nesta terça do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro, indicador oficial de inflação no país. A expectativa de consenso é de uma leitura de 0,37%, levando o indicador em doze meses de 4,76% para 4,85%.
Cristian Pelizza, economista-chefe da Nippur Finance, acredita que o indicador ainda deve ser “levemente impactado pelo aumento de preço nos alimentos e ainda com alguma dose de resistência bastante grande, principalmente naqueles setores menos voláteis, como é o caso dos serviços”.
Economistas consultados pelo Boletim Focus do Banco Central estimam uma inflação de 4,84% ao final do ano, acima do limite estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que prevê centro da meta de 3% e intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.