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O que faria o Fed interromper a queda de juros em novembro?

Investing.com9 de out de 2024 às 08:54

Investing.com — O forte relatório de empregos (payroll) de setembro, juntamente com revisões para cima do PIB e da Renda Nacional Bruta, sugere que o corte de 50 pontos-base (pb) na taxa de juros realizado pelo Federal Reserve no mês passado "não foi justificado", na visão de estrategistas do Bank of America (NYSE: BAC).

O BofA destacou que suas discussões com clientes mudaram rapidamente de um debate sobre a possibilidade de o banco central americano cortar 25 pb ou 50 pb em novembro para questionamentos sobre a necessidade efetiva de um corte. Alguns até especulam se o Fed poderia pular a redução de novembro para compensar o corte maior do que o esperado em setembro.

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No entanto, os estrategistas do banco acreditam que, mesmo que o Fed reconheça que o corte de setembro foi exagerado, é improvável que isso o impeça de reduzir a taxa em 25 pb em novembro, especialmente com dados robustos do mercado de trabalho.

"O dirigente Waller sugeriu isso em seus comentários mais recentes. Enquanto o Fed estiver confiante de que o processo de desinflação está no caminho certo, pode continuar reduzindo os juros até alcançar o nível neutro," afirmaram os estrategistas em uma nota na terça-feira.

Embora o mercado de trabalho tenha recentemente ofuscado as preocupações com a inflação, a atenção está voltando para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com a divulgação dos dados na quinta-feira. O BofA prevê uma leitura do núcleo do IPC de 0,3% mês a mês, acima do consenso, mas acredita que o núcleo do PCE será mais moderado, em 0,2%.

O banco observa que esse resultado deve ser suficientemente suave para permitir ao Fed prosseguir com o corte de 25 pb em novembro, já que a taxa anualizada "deve cair devido a efeitos de base favoráveis", e o presidente Powell obteve maior flexibilidade ao "minimizar a rigidez da inflação habitacional", segundo os estrategistas.

Nas últimas semanas, o termo "dependência de dados", popularizado pelo economista Mohamed El-Erian, ex-CEO da PIMCO, tem capturado a crescente sensibilidade do mercado aos dados macroeconômicos.

Os estrategistas do BofA concordam, afirmando que, embora seja natural que o Fed dependa dos dados, nem todas as surpresas econômicas têm o mesmo peso.

Ainda assim, o foco do Fed em não ficar atrás da curva "fez com que os mercados reagissem a surpresas nos dados como se fossem todas relevantes e sem ruído. E isso provavelmente não mudará tão cedo", concluíram os estrategistas.

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