Por Shadia Nasralla
LONDRES, 23 Abr (Reuters) - Os preços do petróleo perderam cerca de 1%, esta quarta-feira, após o Cazaquistão ter lançado um tom desafiador sobre o aumento da sua produção de petróleo, o que apagou os ganhos anteriores devido às sanções norte-americanas contra o Irão, à queda das reservas de crude dos Estados Unidos e ao facto de o Presidente Donald Trump ter suavizado o seu tom em relação à China.
Os futuros do petróleo Brent LCOc1 atingiram o seu máximo desde 4 de Abril nos 68,65 dólares por barril, mas caíram 0,68 dólares, ou 1%, para os 66,76 dólares às 1237 TMG, enquanto que o petróleo West Texas Intermediate CLc1 perdia 0,70 dólares, ou 1,1%, para os 62,97 dólares.
Enviando sinais de baixa, o novo ministro da Energia do Cazaquistão disse à Reuters que o seu país dará prioridade aos interesses nacionais em detrimento dos interesses do grupo de produtores OPEP+, ao decidir os seus níveis de produção de petróleo.
O Cazaquistão irritou outros membros da OPEP+ ao produzir mais que a quota que lhe foi atribuída.
Dando um equilíbrio aos preços, os Estados Unidos emitiram novas sanções contra um magnata iraniano da navegação, cuja rede transporta gás de petróleo liquefeito e crude iranianos no valor de centenas de milhões de dólares.
O apoio adicional aos preços veio dos inventários de crude dos Estados Unidos, que caíram cerca de 4,6 milhões de barris na semana passada, enquanto que os 'stocks' de gasolina diminuíram 2,2 milhões de barris e os inventários de destilados caíram 1,6 milhões de barris, disseram fontes do mercado, citando dados do Unstituto Norte-American do Petróleo. API/S
Os dados do governo dos Estados Unidos sobre os 'stocks' de petróleo estão previstos para as 1430 TMG desta quarta-feira. Os 'stocks' de crude dos Estados Unidos devem ter diminuído em 800.000 barris na semana passada, mostrou uma pesquisa da Reuters. EIA/S
Na terça-feira, Trump sinalizou a possibilidade de reduzir as tarifas sobre as importações chinesas, alimentando a esperança de uma maior procura de energia. O Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros disse, na quarta-feira, que os Estados Unidos devem parar de fazer ameaças se quiserem chegar a um acordo.
Trump também recuou na ameaça de demitir o presidente da Fed, Jerome Powell, após dias de críticas à Fed por não cortar as taxas de juro.
Texto integral em inglês: nL1N3R103L