Investing.com — Os preços do petróleo devem enfrentar mais dificuldades nos próximos meses com a diminuição da demanda, mas a oportunidade de comprar na baixa está chegando, já que a queda dos preços forçará a Opep+ e os produtores de xisto dos EUA a reduzirem a oferta.
"Continuamos prevendo o Brent a US$ 60/barril (ou menos) em nosso cenário base para os próximos três meses, pois a demanda provavelmente ficará abaixo do esperado devido ao início das tarifas comerciais dos EUA", afirmaram analistas do Citi em nota recente.
O Citi tem sido pessimista em relação aos preços do petróleo há meses, prevendo uma meta de US$ 60-65/barril já em dezembro de 2024, mas tornou-se ainda mais pessimista devido às preocupações de que as tarifas dos EUA prejudicarão o crescimento econômico global e reduzirão a demanda por petróleo.
"Nossos economistas reduziram sua previsão de crescimento do PIB global para cerca de 2% para 2025, resultando em uma redução de nossa expectativa de crescimento da demanda global de petróleo em 0,2 milhões de barris por dia para pouco mais de 0,7 milhões de barris por dia", disseram os analistas.
A pressão nos preços do petróleo, no entanto, pode diminuir no segundo semestre do ano, já que países não pertencentes à Opep e à Opep+ serão forçados a reduzir a oferta e reequilibrar o mercado.
Os analistas esperam que a Opep+ mantenha a produção estável nos níveis de maio de 2025 até meados do terceiro trimestre de 2025 e continue a eliminar gradualmente seus cortes de produção a partir de agosto de 2025, "em vez de antecipar todo o perfil de produção em três meses".
Com menos barris esperados para chegar ao mercado, os analistas preveem que os preços do petróleo se recuperem para cerca de US$ 60 a US$ 65 por barril durante o segundo semestre de 2025.
A previsão do Citi para uma recuperação no segundo semestre, no entanto, enfrenta uma ameaça do "impacto do choque comercial na demanda global de petróleo, uma política menos proativa da Opep+ e o potencial para uma resolução mais rápida do conflito Rússia-Ucrânia e um acordo com o Irã", disseram os analistas.
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