Por Aishwarya Jain
22 Abr (Reuters) - O conglomerado industrial norte-americano 3M MMM.N divulgou nesta terça-feira resultado de primeiro trimeste acima do esperado por Wall Street, apoiado em cortes de custos. As ações da empresa subiam cerca de 7% mesmo com a companhia tendo feito um alerta sobre possível impacto das tensões comerciais sobre o desempenho neste ano.
Bill Brown, que sucedeu Mike Roman como presidente-executivo da 3M em maio, apresentou um plano de reestruturação em julho, com foco na contenção de gastos e no redirecionamento de recursos para mitigação de responsabilidades legais.
Em fevereiro, a 3M anunciou previsão de margem operacional de cerca de 25% até 2025. No primeiro trimestre, a margem ajustada foi de 23,5%, um aumento de 220 pontos-base.
A 3M espera um possível impacto relacionado a tarifas de 20 a 40 centavos de dólar por ação na previsão de lucro ajustado para 2025 de US$7,60 a US$7,90, tendo em vista o aumento das tensões comerciais globais.
As tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, geraram preocupações sobre desaceleração econômica e declínio na confiança dos consumidores, o que pode impactar vendas de produtos de consumo da 3M. A China foi responsável por cerca de 10% da receita global da empresa, em março.
Nas taxas atuais, a 3M espera US$850 milhões de impacto potencial anualizado das tarifas antes de isenções, das quais as tarifas dos EUA e da China compreendem US$675 milhões, disse o diretor financeiro, Anurag Maheshwari.
"Enviamos produtos dos Estados Unidos para a China que, em vez disso, poderíamos enviar da Europa para a China e, talvez, preencher o volume nos EUA para as fábricas na Europa", disse Brown durante teleconferência com investidores.
A gigante industrial teve lucro ajustado de US$1,88 por ação no primeiro trimestre, superior à estimativa média de analistas de US$1,77, de acordo com dados compilados pela Lseg.
((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447753))
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