Compre na queda do S&P 500 para um retorno aos 5.400-5.500, diz analista técnico

Investing.com — Apesar das quedas recentes, o S&P 500 ainda se mantém acima do suporte-chave de longo prazo no nível de 4.800, bem como da mínima registrada na noite de domingo, segundo analistas técnicos da Wolfe Research.

Eles apontaram para diversos indicadores mostrando que o mercado está em território de sobrevenda, incluindo o percentual de ações negociadas acima de suas médias móveis de 200 dias (MM), o número de mínimas de 52 semanas e sinais do índice de força relativa (RSI).

O sentimento permanece "extremamente pessimista", observa Rob Ginsberg da Wolfe. A corretora realizou uma pesquisa em seu webcast Office Hours no domingo, onde 86% dos participantes disseram esperar que o mercado caia mais 5%.

"No geral, este cenário nos leva a acreditar que poderíamos ver um forte rali de contratendência [para ~5.400-5.500]", disseram os analistas, antes de enfrentar forte resistência e confrontar a deterioração mensal do Moving average convergence/divergence (MACD).

O S&P 500 despencou na terça-feira, fechando abaixo dos 5.000 pontos pela primeira vez em quase um ano, após perder os ganhos iniciais em meio ao desvanecimento das esperanças de uma mudança de última hora na política comercial dos EUA.

Os investidores inicialmente impulsionaram o índice em mais de 4% nas negociações da manhã, esperando um possível adiamento ou suavização das medidas tarifárias do presidente Donald Trump antes do prazo final à meia-noite.

Essas esperanças foram frustradas à tarde, depois que a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou que o presidente pretende prosseguir com as tarifas conforme planejado, apesar dos apelos de quase 70 países buscando negociar alívio.

Desde o anúncio de Trump sobre tarifas globais abrangentes na quarta-feira passada, o S&P 500 perdeu US$ 5,83 trilhões em valor de mercado, marcando sua perda de quatro dias mais acentuada em termos de dólares desde que o índice foi estabelecido na década de 1950.

A queda de mais de 12% durante esse período também representa o declínio percentual de quatro dias mais acentuado desde a pandemia de COVID-19, de acordo com dados da LSEG.

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