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21 Jan (Reuters) - Os principais índices de Wall Street subiam nesta terça-feira, com os investidores avaliando os decretos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre questões como energia e imigração, enquanto aguardam sua primeira medida em relação à política comercial.
Trump não apresentou nenhum plano concreto para impor tarifas universais sobre parceiros comerciais próximos, conforme prometido anteriormente, mas disse que está pensando em implementar tarifas sobre produtos canadenses e mexicanos já em 1º de fevereiro.
Embora os investidores permaneçam cautelosos em relação às políticas tarifárias de Trump, que poderiam desencadear uma guerra comercial global e novas pressões inflacionárias, o Goldman Sachs reduziu sua previsão de uma tarifa universal este ano para 25%, ante 40% em dezembro.
O Dow Jones .DJI subia 0,72%, a 43.801,97 pontos. O S&P 500 .SPX tinha alta de 0,48%, a 6.025,29 pontos, enquanto o Nasdaq Composite .IXIC avançava 0,17%, a 19.663,95 pontos.
Nove dos 11 setores do S&P 500 subiam, com o setor imobiliário .SPLRCR liderando os ganhos com um aumento de 1,4%.
A Apple AAPL.O recuava 3,7% depois que a Jefferies cortou sua recomendação da fabricante do iPhone para "underperform".
As montadoras General Motors GM.N e Ford F.N, que são mais sensíveis às tarifas devido às suas amplas cadeias de suprimentos, subiam 1,6% e 0,8%, respectivamente, enquanto a Tesla TSLA.O ganhava 3,1%.
"É impossível saber exatamente o que o governo Trump fará... no passado, a retórica tarifária se transformou em acordos comerciais e táticas de negociação e nunca foram aplicadas universalmente", disse Art Hogan, estrategista-chefe de mercado da B Riley Wealth.
Durante o primeiro ano do primeiro governo de Trump, o S&P 500 .SPX subiu 19,4%, avançando 68% no primeiro mandato como um todo, mas teve episódios de volatilidade, decorrentes em parte de uma guerra comercial que Trump travou com a China.
Na semana passada, o S&P 500 e o Dow Jones registraram seus maiores ganhos percentuais semanais desde o início de novembro, impulsioandos por fortes lucros de bancos e sinais de que o núcleo da inflação nos EUA está esfriando.
(Reportagem de Johann M Cherian e Sukriti Gupta em Bengaluru)
((Tradução Redação São Paulo))
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