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MERCADOS GLOBAIS-Acções caem e 'yields' EUA atingem máximo de 8 meses antes de dados emprego

Reuters10 de jan de 2025 às 07:33

SIDNEY/NOVA IORQUE, 10 Jan (Reuters) - Os mercados accionistas mundiais estiveram sob pressão, esta sexta-feira, com os investidores em contagem decrescente para um relatório sobre emprego nos Estados Unidos, que poderá agravar ou aliviar o 'sell-off' no mercado global de obrigações, enquanto que o dólar se manteve perto de máximos de dois anos.

Tanto os futuros do Nasdaq NQc1 como os futuros do S&P 500 ESc1 caíram 0,3%. Wall Street esteve encerrada durante a noite para assinalar o funeral do ex-Presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter.

Os futuros do STOXX 50 pan-europeu STXEc1 e os futuros do FTSE do Reino Unido FFIc1 ficaram estáveis.

O relatório das folhas de salários não-agrícolas dos Estados Unidos, acompanhado de perto, será publicado às 1330 TMG. A mediana das previsões aponta para um aumento de 160.000 postos de trabalho em Dezembro, com o desemprego a manter-se nos 4,2%.

Qualquer coisa mais forte que isto poderá fazer com que as 'yields' do Tesouro a 10 anos atinjam máximos de 13 meses e elevem o dólar norte-americano no processo.

Na Ásia, o Nikkei .N225, do Japão, caiu 0,9%, o que levou a sua perda semanal para os 1,6%. O índice mais amplo do MSCI de acções da Ásia-Pacífico fora do Japão .MIAPJ0000PUS caiu 0,5% e encaminhou-se para uma queda semanal de 1,2%.

As 'blue-chips' da China .CSI300 caíram 0,4% e o Hang Seng .HSI, de Hong Kong, caiu 0,5%.

As 'yields' dos títulos do governo chinês subiram, após o banco central ter dito que decidiu suspender temporariamente as compras de títulos do tesouro devido à falta de oferta dos títulos.

Durante a noite, o presidente da Fed de Filadélfia, Patrick Harker, disse que espera que o banco central norte-americano corte as taxas de juro, mas acrescentou que não é necessário um movimento iminente de baixa. O presidente da Fed de Kansas City, Jeff Schmid, mostrou relutância em cortar as taxas de juro.

Os mercados já reduziram as expectativas para cerca de 43 pontos base de cortes nas taxas norte-americanas para 2025, enquanto que os receios com a agenda potencialmente inflacionária do Presidente-eleito Donald Trump ajudaram a aumentar as 'yields' de longo prazo.

A 'yield' de referência do Tesouro dos Estados Unidos a 10 anos US10YT=RR subiu 1,5 pontos base para os 4,6957%, logo abaixo de um máximo de oito meses de 4,73% atingido na quarta-feira. O grande nível do gráfico é de 4,739% e, se este for quebrado, os 'ursos' estariam a visar o nível psicologicamente importante dos 5%, não é visto desde 2007.

A subida das 'yields' do Tesouro - cerca de 9 pontos base esta semana - reforçou o índice do dólar para os 109,30, que registou ganhos pela sexta semana consecutiva.

Texto integral em inglês: nL1N3O605V

(Por Stella Qiu e Chibuike Oguh; Tradução para português por Tiago Brandão, Gdansk Newsroom)

((gdansk.newsroom@thomsonreuters.com ; +48 58 769 66 00))

Revisado porTony
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