JERUSALÉM, 18 Abr (Reuters) - Ataques aéreos israelenses atingiram cerca de 40 alvos em toda a Faixa de Gaza nas últimas 24 horas, informaram as Forças Armadas israelenses nesta sexta-feira, horas depois que o Hamas rejeitou uma oferta de cessar-fogo israelense que, segundo o grupo, ficou aquém de sua exigência de chegar a um fim completo da guerra.
No mês passado, os militares israelenses interromperam uma trégua de dois meses que, em grande parte, havia cessado os combates em Gaza e, desde então, avançaram pelo norte e pelo sul, tomando quase um terço do enclave, na tentativa de pressionar o Hamas a concordar em libertar reféns e se desarmar.
As autoridades de saúde palestinas disseram que pelo menos 30 pessoas foram mortas em ataques nesta sexta-feira, somando-se a mais de 1.500 mortes desde que Israel retomou os ataques aéreos em março.
As Forças Armadas de Israel disseram que as tropas estavam operando nas áreas de Shabura e Tel Al-Sultan, perto da cidade de Rafah, no sul, bem como no norte de Gaza, onde assumiram o controle de grandes áreas a leste da Cidade de Gaza.
Os mediadores egípcios têm tentado reavivar o acordo de cessar-fogo de janeiro, que foi rompido quando Israel retomou os ataques aéreos e enviou tropas terrestres de volta a Gaza, mas há poucos sinais de que os dois lados tenham se aproximado em questões fundamentais.
No final da quinta-feira, Khalil Al-Hayya, chefe do Hamas em Gaza, disse que o movimento estava disposto a trocar todos os 59 reféns restantes por palestinos presos em Israel em troca do fim da guerra e da reconstrução de Gaza.
Mas ele rejeitou a oferta israelense, que inclui a exigência de que o Hamas deponha suas armas, classificando isso como imposição de "condições impossíveis".
Israel não respondeu formalmente aos comentários de Al-Hayya, mas os ministros israelenses têm dito repetidamente que o Hamas deve ser completamente desarmado e não pode desempenhar nenhum papel no futuro governo de Gaza. A oferta de cessar-fogo feita por meio de mediadores egípcios inclui conversas sobre uma solução final para a guerra, mas não há um acordo firme.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, também disse esta semana que as tropas permaneceriam na zona de amortecimento ao redor da fronteira que agora se estende profundamente em Gaza e divide o enclave em dois, mesmo após qualquer acordo.
(Reportagem adicional de Nidal-al Mughrabi)
((Tradução Redação São Paulo))
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