TAIPÉ, 18 Abr (Reuters) - Os Estados Unidos continuarão a ajudar Taiwan em sua autodefesa e querem ver a paz no Estreito de Taiwan sem coerção ou ameaça de força, disse um senador norte-americano em visita ao presidente taiwanês, Lai Ching-te, nesta sexta-feira.
Os Estados Unidos são o mais importante apoiador internacional e fornecedor de armas de Taiwan, apesar da falta de laços diplomáticos formais com a ilha reivindicada pela China.
Ao se reunir com Lai no gabinete presidencial em Taipé, o senador republicano Pete Ricketts disse que, embora os governos mudem, o apoio bipartidário a Taiwan no Congresso dos EUA continua.
"Os Estados Unidos estão comprometidos com a paz e a estabilidade no Indo-Pacífico. Queremos ver a paz no Estreito de Taiwan. Nós nos opomos a qualquer mudança unilateral no status de Taiwan", disse Ricketts.
"Esperamos que quaisquer diferenças entre Taiwan e o continente sejam resolvidas pacificamente, sem coerção ou ameaça de força", acrescentou.
"Para esse fim, os Estados Unidos continuarão a ajudar Taiwan em sua autodefesa. Há um amplo consenso no Congresso dos EUA para apoiar a autodefesa de Taiwan."
A China realizou sua última rodada de jogos de guerra em torno de Taiwan no início deste mês. Lai e seu governo rejeitam as reivindicações de soberania de Pequim, dizendo que somente o povo da ilha pode decidir seu futuro.
Ricketts é o presidente do Subcomitê do Comitê de Relações Exteriores do Senado dos EUA para o Leste Asiático, o Pacífico e a Política Internacional de Segurança Cibernética.
Lai disse que espera que Taiwan e os Estados Unidos continuem a trabalhar juntos para manter a paz e a estabilidade na região e que Taiwan está comprometido a gastar mais em sua defesa.
Ricketts está sendo acompanhado em Taiwan por outro senador republicano, Ted Budd, e pelo senador democrata Chris Coons.
Embora os parlamentares dos EUA viajem regularmente para a ilha, esta é a primeira visita desde que o presidente norte-americano, Donald Trump, assumiu o cargo em janeiro.
Trump e seu governo pressionaram Taiwan a aumentar seus gastos com defesa, algo que Lai se comprometeu a fazer em fevereiro.
(Reportagem de Angie Teo e Ben Blanchard)
((Tradução Redação São Paulo))
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