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Trump quer deportar cidadãos norte-americanos para El Salvador

Reuters14 de abr de 2025 às 19:32

Por Gram Slattery e Sarah Morland

- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira que quer deportar alguns cidadãos norte-americanos considerados criminosos violentos para El Salvador, onde seriam encarcerados em um acordo com o governo daquele país.

As observações, feitas a jornalistas na Casa Branca durante a visita de Estado do presidente salvadorenho Nayib Bukele, foram um dos sinais mais claros de que Trump está falando sério sobre a deportação de cidadãos naturalizados e nascidos nos EUA, proposta que alarmou defensores dos direitos civis e considerada inconstitucional por muitos juristas.

Trump disse que só levaria a ideia adiante caso seu governo determinasse que ela é legal. Não ficou claro qual o nível do devido processo legal que um norte-americano receberia antes de ser deportado.

"Sempre temos que obedecer às leis, mas também temos criminosos locais que empurram pessoas para dentro de metrôs, que batem na nuca de senhoras idosas com um taco de beisebol quando elas não estão olhando, que são monstros absolutos", disse Trump.

"Eu gostaria de incluí-los no grupo de pessoas para tirá-los do país, mas vocês terão que analisar as leis sobre isso."

Trump disse a jornalistas na semana passada que "adorou" a ideia de deportar cidadãos para El Salvador após Bukele dizer que o país está aberto a abrigar prisioneiros norte-americanos.

Mais tarde, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou que a proposta estava sendo discutida, dizendo que Trump havia "simplesmente apresentado" a ideia.

O governo Trump enviou centenas de migrantes acusados de afiliações criminosas para a mega-prisão de El Salvador conhecida como Centro de Confinamento de Terrorismo, sob autoridades legais frequentemente contestadas. Os EUA estão pagando US$6 milhões a El Salvador.

O deportado de maior destaque, Kilmar Abrego Garcia, de nacionalidade salvadorenha, foi deportado apesar de uma ordem judicial que o protegia da remoção. O governo dos EUA descreveu sua deportação como um erro administrativo.

Na semana passada, a Suprema Corte dos EUA confirmou a decisão de um tribunal de primeira instância que determinou que o governo "facilitasse e efetivasse" seu retorno. Mas também avaliou que o termo "efetivar" não estava claro e poderia exceder a autoridade do juiz do tribunal distrital.

Em um processo judicial no domingo, o governo disse que não era obrigado a ajudar Abrego Garcia a sair da prisão em El Salvador. Bukele disse durante a reunião desta segunda-feira com Trump que não devolveria Abrego Garcia nem o libertaria em El Salvador, e Trump disse que não estava interessado em pedir o retorno de Abrego Garcia.

(Reportagem de Gram Slattery e Sarah Morland)

((Tradução Redação Brasília))

REUTERS MCM

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