tradingkey.logo

SAIBA MAIS-Como os principais parceiros comerciais dos EUA reagiram às tarifas de Trump

Reuters8 de abr de 2025 às 19:35

- As novas e abrangentes tarifas de Donald Trump sobre as importações dos Estados Unidos atingiram países do mundo todo, no mais sério golpe ao sistema de comércio global em décadas.

As sobretaxas provocaram medidas de retaliação e esforços para negociar uma redução da escalada. Veja a seguir como os 15 principais parceiros comerciais dos EUA reagiram até o momento:

UNIÃO EUROPEIA: O bloco de 27 países está lançando seu primeiro conjunto de contramedidas em abril contra as tarifas dos EUA sobre aço e alumínio. O bloco diluiu as propostas iniciais, removendo, por exemplo, o bourbon norte-americano da lista, e também ofereceu um acordo tarifário "zero por zero" a Washington.

CHINA: Pequim contra-atacou com tarifas gerais equivalentes a 34% sobre as importações dos EUA, restrições à exportação de algumas terras raras e adicionando outros 11 órgãos norte-americanos a uma lista de "entidades não confiáveis", o que permite que Pequim os sancione. O país promete "lutar até o fim" em relação às tarifas.

MÉXICO: O México foi deixado de fora da lista de tarifas globais de Trump, mas ainda tem muitos obstáculos a enfrentar: taxas dos EUA de até 25% ainda são impostas sobre automóveis, aço e alumínio, bem como sobre produtos que não estão em conformidade com o Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA, na sigla em inglês).

CANADÁ: O Canadá impôs tarifas de 25% sobre 30 bilhões de dólares canadenses (US$21 bilhões) em produtos importados anualmente dos EUA em 6 de março, em resposta às tarifas iniciais de Trump, além de tarifas de 25% sobre outros 29,8 bilhões de dólares canadenses em produtos norte-americanos importados em resposta às tarifas de aço e alumínio dos EUA. As novas tarifas sobre automóveis anunciadas em 3 de abril se aplicam a importações de automóveis no valor de 35,6 bilhões de dólares canadenses.

ALEMANHA: Berlim argumenta que o mercado da União Europeia, com 450 milhões de consumidores, lhe dá vantagem para negociar com Trump e evitar uma guerra comercial. Autoridades do governo também pediram que a UE promova acordos comerciais com outros países, como México, Canadá e Índia.

JAPÃO: Tóquio não planeja nenhuma contra-medida de cara e, em vez disso, enviará uma equipe para negociar concessões dos Estados Unidos. O primeiro-ministro Shigeru Ishiba nomeou seu ministro da Economia, Ryosei Akazawa, como negociador, que trabalhará com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, em negociações comerciais bilaterais. Ishiba disse que estava considerando uma nova visita aos EUA para se encontrar com Trump.

COREIA DO SUL: Até o momento, não houve retaliação por parte de Seul, mas o presidente interino Han Duck-soo ordenou medidas de apoio emergencial para as empresas afetadas, incluindo automóveis, e enviou um funcionário sênior a Washington para tentar negociar.

TAIWAN: O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, propôs um regime de tarifa zero com os Estados Unidos e disse que Taiwan não cobrará tarifas recíprocas. Em vez disso, buscará aumentar as importações dos Estados Unidos e remover barreiras não tarifárias.

VIETNÃ: O líder do Vietnã, To Lam, ofereceu a remoção de tarifas sobre produtos norte-americanos em uma ligação com Trump no dia seguinte ao anúncio da tarifa. O Vietnã fez uma série de concessões, incluindo a promessa de importar mais produtos dos EUA e conceder uma licença para a Starlink, de Elon Musk, em condições favoráveis. A Organização Trump também está investindo em instalações de golfe no Vietnã.

REINO UNIDO: O governo do primeiro-ministro Keir Starmer está em negociações com os EUA sobre um acordo que poderia reduzir suas tarifas de 10%. O governo está consultando as empresas sobre a necessidade de tarifas retaliatórias e medidas para evitar o dumping por parte de outros países. O governo afirmou que deseja aprofundar os laços comerciais com seus principais parceiros.

ÍNDIA: A Índia não planejou medidas retaliatórias contra os EUA e pretende negociar um acordo comercial bilateral. Também sinalizou sua disposição de reduzir as tarifas sobre mais da metade das importações norte-americanas para o país. Além disso, também está conversando com a Reino Unido e a UE sobre acordos comerciais.

HOLANDA: A Holanda, um dos maiores exportadores agrícolas do mundo e sede do maior porto marítimo da Europa, enfatizou a necessidade de uma resposta calma e proporcional às tarifas dos EUA, alertando contra uma escalada.

IRLANDA: Com uma economia local altamente dependente de um cluster de grandes empresas farmacêuticas e de tecnologia dos EUA, Dublin pediu uma resposta "calma e ponderada" e advertiu Bruxelas contra o uso de sua poderosa lei do Instrumento Anti-Coerção.

ITÁLIA: Roma alertou contra tarifas retaliatórias. Para compensar o impacto econômico das medidas dos EUA, a Itália pediu que a UE permita que os Estados-membros aumentem os gastos sem violar as regras fiscais do bloco.

FRANÇA: O presidente Emmanuel Macron pediu uma resposta firme da União Europeia, possivelmente incluindo os serviços digitais norte-americanos. Ele também pediu às empresas francesas que suspendessem seus planos de investimento nos EUA até que a situação fosse esclarecida.

BRASIL: O Congresso brasileiro reagiu às tarifas de Trump aprovando uma lei que permite a retaliação comercial. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que quaisquer contramedidas seriam baseadas nessa lei. O vice-presidente Geraldo Alckmin disse que o país prefere o diálogo e não acionará as disposições da nova lei por enquanto.

(Reportagem de redações da Reuters espalhadas pelo mundo)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS DO PF

Aviso legal: As informações fornecidas neste site são apenas para fins educacionais e informativos e não devem ser consideradas como aconselhamento financeiro ou de investimento.
tradingkey.logo
tradingkey.logo
Dados intradiários fornecidos pela Refinitiv e sujeitos aos termos de uso. Dados históricos e atuais de fim de dia fornecidos pela Refinitiv. Todas as cotações estão em horário local. Os dados da última venda em tempo real para cotações de ações dos EUA refletem apenas as negociações registradas pela Nasdaq. Dados intradiários com atraso de pelo menos 15 minutos ou de acordo com os requisitos da bolsa.
* Referências, análises e estratégias de negociação são fornecidas pelo provedor terceirizado, Trading Central, e o ponto de vista é baseado na avaliação e no julgamento independentes do analista, sem considerar os objetivos de investimento e a situação financeira dos investidores.
Aviso de Risco: Nosso site e aplicativo móvel fornecem apenas informações gerais sobre certos produtos de investimento. A Finsights não fornece, e a provisão dessas informações não deve ser interpretada como a Finsights fornecendo, aconselhamento financeiro ou recomendação para qualquer produto de investimento.
Os produtos de investimento estão sujeitos a riscos de investimento significativos, incluindo a possível perda do valor principal investido e podem não ser adequados para todos. O desempenho passado dos produtos de investimento não é indicativo de seu desempenho futuro.
A Finsights pode permitir que anunciantes ou afiliados de terceiros coloquem ou entreguem anúncios em nosso site ou aplicativo móvel ou em qualquer parte deles e pode ser compensada por eles com base na sua interação com os anúncios.
 © Direitos autorais: FINSIGHTS MEDIA PTE. LTD. Todos os direitos reservados.