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Chefe da ONU rejeita novo plano israelense para controlar ajuda em Gaza

Reuters8 de abr de 2025 às 17:15

Por Michelle Nichols

- O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, rejeitou nesta terça-feira uma nova proposta israelense para controlar as entregas de ajuda em Gaza, dizendo que ela corre o risco de "controlar ainda mais e limitar cruelmente a ajuda até a última caloria e grão de farinha".

"Deixe-me ser claro: não participaremos de nenhum acordo que não respeite totalmente os princípios humanitários: humanidade, imparcialidade, independência e neutralidade", disse Guterres aos repórteres.

Nenhuma ajuda foi entregue ao enclave palestino de cerca de 2,1 milhões de pessoas desde 2 de março. Israel disse que não permitiria a entrada de todos os produtos e suprimentos em Gaza até que os militantes palestinos do Hamas libertassem todos os reféns restantes.

A Cogat, agência militar israelense que coordena a ajuda, reuniu-se na semana passada com agências da ONU e grupos de ajuda internacional e disse que propôs "um mecanismo estruturado de monitoramento e entrada de ajuda" para Gaza.

"O mecanismo foi projetado para apoiar as organizações de ajuda, melhorar a supervisão e a responsabilidade e garantir que a assistência chegue à população civil necessitada, em vez de ser desviada e roubada pelo Hamas", publicou o Cogat no X no domingo.

Jonathan Whittall, oficial sênior de ajuda da ONU para Gaza e Cisjordânia, disse na semana passada que não havia evidência de desvio da ajuda.

No mês passado, Israel retomou o bombardeio em Gaza após uma trégua de dois meses e enviou tropas de volta ao enclave.

"Gaza é um campo de extermínio -- e os civis estão em um ciclo interminável de morte", disse Guterres ao pedir novamente a libertação imediata e incondicional de todos os reféns, um cessar-fogo permanente e acesso humanitário total em Gaza.

"Com os pontos de passagem para Gaza fechados e a ajuda bloqueada, a segurança está em frangalhos e nossa capacidade de entrega foi estrangulada", afirmou ele.

"Como potência ocupante, Israel tem obrigações inequívocas sob a lei internacional -- incluindo a lei humanitária internacional e a lei internacional de direitos humanos."

Isso significa que Israel deve facilitar os programas de ajuda e garantir alimentos, assistência médica, higiene e padrões de saúde pública em Gaza, disse ele. "Nada disso está acontecendo hoje", acrescentou.

Israel afirma que não exerce controle efetivo sobre Gaza e, portanto, não é uma potência ocupante.

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS TR

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