14 Fev (Reuters) - A OpenAI rejeitou nesta sexta-feira a oferta de US$97,4 bilhões de um consórcio liderado pelo bilionário Elon Musk pela fabricante do ChatGPT, dizendo que a startup não está à venda.
A abordagem não solicitada é a mais recente tentativa de Musk de impedir que a startup, que busca garantir mais capital e permanecer à frente na corrida da inteligência artificial, se torne uma empresa com fins lucrativos.
A OpenAI foi cofundada por Musk -- que posteriormente deixou a empresa -- e pelo atual presidente-executivo, Sam Altman.
"A OpenAI não está à venda, e o conselho rejeitou por unanimidade a mais recente tentativa do Sr. Musk de atrapalhar sua concorrência. Qualquer reorganização potencial da OpenAI fortalecerá nossa organização sem fins lucrativos e sua missão de garantir que a AGI beneficie toda a humanidade", disse a OpenAI no X, citando o presidente do conselho Bret Taylor, em nome do colegiado.
O advogado de Musk, Marc Toberoff, não respondeu a um pedido de comentário.
Na terça-feira, Altman disse ao site de notícias Axios que a OpenAI não estava à venda. Ele havia rejeitado a oferta na segunda-feira com a publicação de um "não, obrigado" no X, o que levou Musk a retrucar: "vigarista".
O consórcio liderado por Musk, incluindo sua startup de IA xAI, retiraria sua oferta pelo braço sem fins lucrativos da OpenAI se ela abandonasse os planos de se tornar uma entidade com fins lucrativos, disseram os advogados do bilionário em um processo judicial na quarta-feira.
"Dois dias atrás, você apresentou uma petição no tribunal acrescentando novas condições materiais à proposta. Como resultado desse pedido, agora está claro que a tão divulgada 'oferta' de seus clientes não é, de fato, uma oferta", disse o conselho da OpenAI, segundo uma carta assinada por William Savitt, advogado que representa a empresa, enviada ao advogado de Musk, Marc Toberof, nesta sexta-feira.
Valor Equity Partners, Baron Capital e o poderoso corretor de Hollywood Ari Emanuel são outros investidores no consórcio.
Altman e Musk têm se desentendido há anos.
Após a saída de Musk da OpenAI em 2019, a startup criou um braço com fins lucrativos que captou bilhões de dólares, provocando alegações de Musk de que a empresa violou sua missão original ao colocar o lucro à frente do bem público maior.
(Reportagem de Aditya Soni em Bengaluru e Juby Babu na Cidade do México)
((Tradução Redação São Paulo))
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