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Rubio promete colocar Departamento de Estado no centro da política externa de Trump

Reuters21 de jan de 2025 às 20:40

Por Daphne Psaledakis e Simon Lewis e Humeyra Pamuk

- O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, iniciou nesta terça-feira seu mandato como principal diplomata dos Estados Unidos prometendo manter seu departamento no centro da formulação de política externa dos EUA e executar o que ele disse ser o objetivo do presidente Donald Trump de promover a paz através da força.

Acabar com a guerra da Rússia na Ucrânia será a política oficial dos EUA, disse o ex-senador dos EUA, antes de se dirigir a centenas de funcionários do Departamento de Estado que aplaudiam e gritavam, lotando o saguão do prédio.

"Queremos estar no centro, queremos estar no centro de como formulamos a política externa, porque teremos as melhores ideias de qualquer agência e porque as executaremos melhor, mais rapidamente e com mais eficiência do que qualquer outra agência em nosso governo", disse Rubio à equipe do Departamento de Estado.

Ele estava orgulho de liderar "o corpo diplomático mais eficaz, mais talentoso e mais experiente" da história do mundo, afirmou.

Os comentários atraíram aplausos, mas ainda não se sabe se Rubio conseguirá cumprir a promessa de tornar o departamento instrumental na formulação de políticas, dado o estilo não convencional de Trump, que muitas vezes contorna as instituições e conduz uma diplomacia pessoal.

Desde a semana passada, assessores de Trump pediram a dezenas de diplomatas de carreira de alto escalão do departamento que deixassem suas funções, substituindo os principais cargos burocráticos e políticos por autoridades que eles consideram mais alinhadas com sua agenda.

"Haverá mudanças, mas elas não devem ser destrutivas. Não têm a intenção de ser punitivas", disse Rubio. "As mudanças ocorrerão porque precisamos ser uma agência do século 21 que possa se mover... na velocidade da relevância."

Rubio, de 53 anos, que tem no histórico uma postura agressiva em relação à China e firme defensor de Israel, foi o primeiro dos indicados para o gabinete de Trump a tomar posse e prometeu levar adiante a política externa de Trump de "promover o interesse nacional deste país".

Rubio foi membro durante muito tempo dos comitês de Relações Exteriores e de Inteligência do Senado, e agora é o primeiro secretário de Estado latino dos EUA. Filho de imigrantes de Cuba, ele também pressionou por medidas duras contra a ilha governada pelos comunistas e seus aliados, especialmente o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Durante sua audiência de confirmação na semana passada, o novo principal diplomata dos EUA disse que tanto Moscou quanto Kiev teriam que fazer concessões para acabar com a guerra e sugeriu que a Ucrânia teria que desistir de seu objetivo de recuperar todo o território que a Rússia tomou na última década.

Rubio fez eco a esses comentários no programa "Today" da emissora NBC nesta terça-feira, antes de sua posse.

"Será a política oficial dos Estados Unidos que a guerra tem que acabar e faremos todo o possível para que isso aconteça", disse.

Trump, durante sua campanha para presidente, disse que acabaria rapidamente com a guerra, sem dizer como o faria.

(Reportagem de Daphne Psaledakis, Simon Lewis e Humeyra Pamuk; reportagem adicional de Stephanie Kelly e Steve Holland)

((Tradução Redação Rio de Janeiro))

REUTERS PF

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