Por Karen Brettell
NOVA YORK, 16 Abr (Reuters) - O dólar retomava sua queda ampla nesta quarta-feira, com moedas fortes e sensíveis ao risco superando a divisa norte-americana, à medida que os investidores aguardavam para saber se o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegará a acordos comerciais com seus parceiros.
O dólar caiu na semana passada devido a preocupações com o impacto econômico que as novas tarifas de Trump terão, e com os investidores mudando suas alocações para o exterior devido à incerteza sobre a implementação errática das taxas.
Os EUA estão em discussões com países como o Japão, enquanto as tensões entre Washington e Pequim estão se intensificando.
"Estamos em um pequeno vácuo de informações agora com esse impasse entre a China e os EUA e estamos esperando para ver quais acordos serão fechados com outros países", disse Brad Bechtel, chefe global de câmbio da Jefferies.
"Há alguns países grandes que podem estar anunciando acordos, o que coloca uma estrutura em torno do que o governo dos EUA está tentando fazer com as tarifas", disse Bechtel.
O Japão iniciará as negociações tarifárias com os EUA em Washington nesta quarta-feira. O ministro das Finanças da Coreia do Sul, Choi Sang-mok, também se reunirá com o secretário do Tesouro, Scott Bessent, na próxima semana para discutir questões comerciais.
O vice-presidente dos EUA, JD Vance, disse ainda na terça-feira que há uma boa chance de que o país e o Reino Unido cheguem a um "grande acordo" sobre comércio.
Entretanto, espera-se que quaisquer acordos comerciais com a China e a União Europeia levem mais tempo para serem alcançados.
Na terça-feira, Trump ordenou uma investigação sobre possíveis novas tarifas sobre todas as importações de minerais críticos, em uma tentativa de pressionar a China, líder do setor.
O índice do dólar =USD -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,49%, a 99,586.
O dólar tinha queda de 0,47% em relação ao iene JPY=, a 142,56.
O euro EUR= era negociado a US$1,136, em alta de 0,70% no dia.
((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))
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