FOREX-Dólar tem leve baixa após tarifas de Trump sobre automóveis; peso mexicano e dólar canadense recuam

Por Karen Brettell

NOVA YORK, 27 Mar (Reuters) - O dólar tinha leva baixa nesta quinta-feira, com os investidores refletindo sobre a chance das tarifas planejadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a próxima semana serem severas, enquanto o dólar canadense e o peso mexicano se enfraqueciam depois do anúncio de taxas sobre automóveis.

O otimismo crescente de que Trump será flexível na determinação das tarifas impulsionaou o apetite por risco e o dólar nesta semana, mas os investidores continuam nervosos antes do anúncio planejado para 2 de abril sobre tarifas recíprocas.

"O pêndulo que parece estar oscilando neste momento para os mercados é, inicialmente, ter uma reação instintiva ao pior tipo possível de expressão do que quer que seja anunciado e, depois, digerir lentamente o fato de que pode não ser tão ruim quanto se temia", disse Eric Theoret, estrategista de câmbio do Scotiabank.

Na quarta-feira, Trump anunciou uma tarifa de 25% sobre carros e caminhões leves importados, que entrará em vigor na próxima semana.

O peso mexicano MXN= recuava 1,04%, para 20,337 por dólar. O dólar canadense CAD= caía 0,31%, para 1,43 por dólar.

O índice do dólar =USD -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,23%, a 104,400.

Os EUA importaram US$474 bilhões em produtos automotivos em 2024, incluindo carros de passeio no valor de US$220 bilhões. México, Japão, Coreia do Sul, Canadá e Alemanha foram os maiores fornecedores.

O euro, por sua vez, estava mais forte durante o dia e está a caminho de encerrar uma série de seis dias consecutivos de perdas em relação ao dólar.

O euro EUR= era negociado a US$1,0782, em alta de 0,27% no dia.

Os bancos centrais, incluindo o Banco Central Europeu, também estão sinalizando que estão menos propensos a cortar as taxas de juros no curto prazo, à medida que avaliam o impacto econômico das tarifas, que podem prejudicar o crescimento, mas também aumentar a inflação.

((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))

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