Por Brigid Riley e Greta Rosen Fondahn
TÓQUIO/GDANSK, 28 Jan (Reuters) - O dólar se firmava em relação às principais moedas nesta terça-feira, com as novas ameaças de tarifas dos Estados Unidos dando aos investidores pouco tempo para recuperar o fôlego após os grandes movimentos de aversão ao risco da véspera, desencadeados pelo surgimento de um modelo chinês de inteligência artificial de baixo custo.
Qualquer alívio do mercado em relação ao fato de o presidente Donald Trump não ter elevado as tarifas sobre parceiros comerciais dos EUA imediatamente após assumir o cargo na semana passada desapareceu rapidamente.
Trump disse na segunda-feira que planejava impor tarifas sobre chips de computador, produtos farmacêuticos e aço importados, em um esforço para fazer com que eles sejam produzidos nos Estados Unidos.
O Financial Times informou na segunda-feira que o escolhido de Trump para secretário do Tesouro, Scott Bessent, tem pressionado por tarifas universais sobre as importações dos EUA, que começariam em 2,5% e aumentariam a cada mês.
"Esses comentários contradizem a suposição otimista dos mercados de que as tarifas seriam mais uma medida caso a caso ..., e não universal", disse Francesco Pesole, estrategista de câmbio do ING.
As expectativas de que as tarifas aumentarão a inflação levaram a uma redução das apostas de corte nos juros dos EUA, impulsionando o dólar.
O índice do dólar =USD -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,06%, a 107,860, depois de cair na véspera para o nível mais baixo desde meados de dezembro, de 106,96.
O dólar tinha alta de 0,61% em relação ao iene JPY=, a 155,44, enquanto o euro EUR= era negociado a 1,043425 dólar, em queda de 0,54% no dia.
((Tradução Redação São Paulo))
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