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FOREX-Dólar recua em meio a temores por tarifas e antes de decisões de BCs

Reuters27 de jan de 2025 às 10:37

Por Stefano Rebaudo e Ankur Banerjee

- O dólar recuava ante seus pares nesta segunda-feira, afetado por uma forte queda frente ao iene, enquanto os investidores demonstravam preocupações sobre as tarifas dos Estados Unidos e se preparavam para uma série de reuniões de bancos centrais e para a divulgação de dados econômicos nesta semana.

O dólar encerrou a sessão de sexta-feira com sua pior semana em mais de um ano, devido às expectativas de que as tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, serão menores do que o temido anteriormente.

Mas as preocupações voltaram à tona quando os EUA e a Colômbia evitaram por pouco uma guerra comercial durante o fim de semana.

As decisões de política monetária desta semana e dados de inflação na sexta-feira sugerem que o foco pode mudar, pelo menos temporariamente, dos riscos tarifários para os diferenciais das taxas de juros, segundo alguns analistas.

Nenhuma mudança nos juros do Federal Reserve e um corte de 25 pontos-base pelo Banco Central Europeu estão precificados, mas os mercados observarão atentamente quaisquer pistas sobre as perspectivas.

Adarsh Sinha, estrategista cambial e de taxas do Bank of America, disse que "a diferença entre o índice do dólar, que está um pouco abaixo de 108, e o nível implícito nos diferenciais de taxas, próximo a 106, permaneceu estável nos dias seguintes à posse (de Trump)".

O índice do dólar =USD -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,39%, a 107,250. O índice subiu quase 4% desde a eleição presidencial dos EUA no início de novembro.

O dólar tinha queda de 1,26% em relação ao iene JPY=, a 154,01.

O euro EUR= era negociado a 1,0495 dólar, em alta de 0,06% no dia.

A perspectiva de altas tarifas dos EUA sobre produtos de países como China, Canadá e México, bem como da zona do euro, fomentou preocupações sobre um novo surto de inflação, elevando os rendimentos dos Treasuries e o dólar nos últimos meses.

((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))

REUTERS FC

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