Por Karen Brettell
NOVA YORK, 24 Jan (Reuters) - O dólar recuava nesta sexta-feira e estava a caminho de sua pior semana em mais de um ano, devido às expectativas de que as tarifas prometidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, serão menores do que o temido anteriormente e provavelmente não estimularão uma guerra comercial.
A perspectiva de tarifas elevadas sobre produtos de parceiros como China, Canadá, México e União Europeia tem levantado preocupações sobre um novo surto de inflação, o que ajudou a elevar os rendimentos dos Treasuries e o dólar nos últimos meses.
Mas esse movimento foi parcialmente revertido nesta semana, já que os operadores apostam que as tarifas de Trump podem não ser tão grandes ou tão amplas como se temia anteriormente.
Trump disse na quinta-feira que sua conversa com o presidente chinês, Xi Jinping, na semana passada foi amigável e que ele acha que pode chegar a um acordo comercial com a China.
"As pessoas estão cada vez menos convencidas de que as tarifas estão chegando", disse Adam Button, analista-chefe de câmbio da ForexLive.
O índice do dólar =USD -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,74%, a 107,340, depois de atingir 110,17 em 13 de janeiro, o maior valor desde novembro de 2022.
A moeda está a caminho de perder 1,83% nesta semana, a maior queda semanal desde novembro de 2023.
Trump também disse na quinta-feira que deseja que o Federal Reserve corte a taxa de juros, dias antes da reunião do banco central dos EUA na próxima semana.
O Fed deve manter os juros inalterados ao concluir sua reunião na quarta-feira, embora os investidores estejam atentos a quaisquer indícios de que um corte poderá ocorrer em março, se a inflação continuar se aproximando da meta de 2% do banco.
O dólar tinha queda de 0,19% em relação ao iene JPY=, a 155,76.
O euro EUR= era negociado a 1,050975 dólar, em alta de 0,90% no dia.
((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))
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