Investing.com – O dólar avançava no nesta quarta-feira, 11, em meio à expectativa pelo relatório de inflação ao consumidor (IPC) de novembro nos EUA. A moeda pressionou o euro e a libra esterlina, enquanto o iuane chinês recuou diante de informações de que Pequim pode permitir sua desvalorização.
Às 8h40 de Brasília, o Índice Dólar, que mede o desempenho da moeda americana frente a outras seis divisas, valorizava-se 0,3%, alcançando 106,410.
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O dólar apresentava forte demanda nesta quarta-feira, antes da publicação de um esperado relatório de inflação nos EUA, que pode sinalizar o ritmo das próximas reduções nas taxas de juros pelo Federal Reserve.
Analistas projetam que o índice de preços ao consumidor suba 2,7% em novembro na comparação anual, ligeiramente acima dos 2,6% de outubro, com alta mensal de 0,3%. Já o núcleo do índice, que desconsidera os preços de alimentos e energia, deve permanecer estável em 3,3% no acumulado anual, também com variação mensal de 0,3%.
“Embora muitos argumentem que o Fed já superou a fase mais preocupante da inflação, uma surpresa nos dados do núcleo do IPC, que já têm consenso elevado em 0,3% mês a mês, pode reforçar o dólar”, afirmaram analistas do ING em relatório.
“O mercado atribui atualmente 88% de probabilidade a um corte de 25 pontos-base pelo Fed na próxima quarta-feira. Um núcleo de inflação mais elevado pode reduzir essa certeza para algo mais equilibrado”, acrescentaram.
O Federal Reserve já reduziu as taxas de juros em 75 pontos-base desde setembro, e os mercados esperam novo corte de 25 pontos-base na reunião marcada para 17 e 18 de dezembro.
Na Europa, o euro (EUR/USD) recuava 0,2%, para 1,0501, com investidores no aguardo da última reunião de política monetária do ano do Banco Central Europeu (BCE), marcada para esta quinta-feira.
É amplamente esperado que o BCE anuncie um corte adicional de 25 pontos-base, o quarto em 2023.
“A agenda de dados europeus foi tranquila esta semana, já que os investidores aguardam o evento principal – a decisão do BCE amanhã”, afirmou o ING.
“O mercado já precificou um corte de 25 pontos-base. Embora essa redução pareça certa, a coletiva de imprensa pode levantar discussões sobre novas quedas futuras, indicando uma postura mais cautelosa para o euro”, explicou a análise.
A libra esterlina também se desvalorizava, com o par GBP/USD caindo 0,3%, para 1,2731. Já o franco suíço caía 0,1% contra o dólar para 0,8841 no par USD/CHF, com expectativas de que o BC do país corte os juros na quinta-feira, talvez em até 50 pontos-base.
Na Ásia, o dólar avançava contra o iene (USD/CNY) 0,4%, para 7,2809, após informações da Reuters indicarem que a China avalia permitir a desvalorização da sua moeda em 2025, em resposta à possibilidade de tarifas comerciais mais rígidas sob um eventual segundo mandato de Donald Trump.
Investidores também estão atentos à Conferência Central de Trabalho Econômico da China, que ocorre esta semana a portas fechadas.
Pequim já indicou planos para implementar estímulos fiscais mais vigorosos e adotar políticas monetárias mais flexíveis em 2025.
Já o iene do Japão caía frente ao dólar (USD/JPY) para 152,70, após dados revelarem alta da inflação no atacado do Japão pelo terceiro mês consecutivo em novembro, reflexo do aumento nos custos de mão de obra e insumos.
O mercado está dividido sobre a possibilidade de o Banco do Japão voltar a elevar os juros na reunião de dois dias que termina em 19 de dezembro. A autoridade monetária já subiu as taxas duas vezes este ano, diante do aumento da inflação e dos salários, embora o ritmo de crescimento tenha perdido força recentemente.