Investing.com — As políticas tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump, continuam sendo o ponto central para os mercados, especialmente após a Casa Branca anunciar algumas isenções relacionadas à tecnologia nas tarifas recíprocas punitivas. Uma série de resultados corporativos poderá fornecer uma visão de como muitas empresas estão planejando para um futuro obscurecido por tarifas, enquanto dados da China podem esclarecer o estado da segunda maior economia do mundo e alvo central das taxas de Trump.
1. Tarifas permanecem em foco
Como tem sido ao longo das últimas semanas, quaisquer desenvolvimentos em torno da política tarifária de Trump provavelmente serão um foco importante para os investidores nos próximos dias.
No fim de semana, Trump agiu para esclarecer algumas exceções relacionadas à tecnologia em suas tarifas, que a Casa Branca anunciou com pouco alarde na sexta-feira.
O governo Trump havia anunciado que smartphones, computadores e outros eletrônicos estariam temporariamente isentos das tarifas recíprocas punitivas do presidente. As ações de tecnologia na China, o alvo central das tarifas de Trump, subiram acentuadamente na segunda-feira, enquanto as ações da Apple (NASDAQ:AAPL) — cuja cadeia de suprimentos depende fortemente da China — subiram no pré-mercado dos EUA.
Ainda assim, em uma postagem em sua plataforma de mídia social, Trump disse que "NINGUÉM está 'se livrando'" do que ele considerou barreiras comerciais injustas e "barreiras tarifárias não monetárias".
Ele acrescentou que seus funcionários estavam "dando uma olhada" em semicondutores e "toda a cadeia de suprimentos de eletrônicos", argumentando que mais produtos precisam ser fabricados nos EUA e "não serem mantidos reféns por outros países" como a China.
2. Resultados à frente
O gigante bancário Goldman Sachs (NYSE:GS) deve encabeçar uma série de importantes resultados corporativos na segunda-feira, depois que muitos de seus pares em Wall Street sinalizaram que as tarifas de Trump poderiam reduzir os lucros e diminuir as negociações.
Espera-se que o Goldman Sachs reporte uma receita líquida do primeiro trimestre de US$ 14,76 bilhões e um lucro por ação ajustado de US$ 12,26, de acordo com estimativas de consenso da Bloomberg.
Na semana passada, executivos de credores como JPMorgan Chase (NYSE:JPM) e o CEO da BlackRock (NYSE:BLK), Larry Fink, alertaram que as tarifas podem pesar sobre a atividade econômica mais ampla, com o chefe do JPMorgan, Jamie Dimon, em particular, dizendo que estava "prestando atenção" a relatos de que alguns IPOs e negócios foram cancelados devido às tarifas.
Outros resultados importantes devem ser divulgados esta semana, incluindo números do Bank of America (NYSE:BAC) e Citigroup (NYSE:C) na terça-feira, Abbott Laboratories (NYSE:ABT) e Prologis (NYSE:PLD) na quarta-feira, e Netflix (NASDAQ:NFLX) na quinta-feira.
3. Powell discursará
Em outro lugar, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, está programado para fazer um discurso no Economic Club of Chicago na quarta-feira.
Powell alertou anteriormente, em 4 de abril, que as tarifas de Trump são "maiores do que o esperado" e poderiam desencadear um aumento na inflação e uma desaceleração no crescimento.
No entanto, ele indicou na época que ainda era muito cedo para determinar qual deveria ser a resposta correta às tarifas. Os investidores têm procurado o Fed para fornecer alguma garantia de que está pronto para intervir para acalmar o sentimento caso as tarifas alimentem novas rodadas de estresse extremo no mercado, enquanto o próprio Trump pediu ao banco central que corte as taxas de juros.
Crucialmente, os analistas observaram que a próxima declaração de Powell será a primeira desde que Trump anunciou um adiamento parcial de 90 dias de suas amplas tarifas na semana passada, após um grande período de turbulência nos mercados de ações e títulos.
4. Dados chineses
Os dados econômicos da China desta semana podem fornecer uma indicação do estado da segunda maior economia do mundo antes do anúncio do aumento das tarifas pela Casa Branca.
A balança comercial da China cresceu mais do que o esperado em março, auxiliada por um aumento desproporcional nas exportações que foi sustentado por aparentes antecipações antes da imposição de taxas comerciais dos EUA.
O país registrou um superávit comercial de US$ 102,64 bilhões em março, superior às expectativas de US$ 74,30 bilhões, mostraram dados do governo na segunda-feira.
As exportações aumentaram 12,4% em relação ao ano anterior, maior que o aumento de 4,4% esperado pelos economistas, um sinal de que os importadores dos EUA estavam correndo para garantir mercadorias antes que as tarifas de Trump entrem em vigor e uma guerra comercial entre Washington e Pequim se intensifique ainda mais.
Separadamente, dados do produto interno bruto do primeiro trimestre da China devem ser divulgados, bem como números de vendas no varejo e produção industrial.
5. Decisão do BCE
O Banco Central Europeu deve realizar sua mais recente reunião de política na quinta-feira, com os traders esperando amplamente uma redução de 25 pontos-base em sua taxa de depósito chave para 2,25%.
Os formuladores de política do BCE podem ser persuadidos a reduzir os custos de empréstimos para abaixo de 2% ainda este ano, dependendo da trajetória da política tarifária de Trump, disseram analistas.
Na semana passada, o governador do Banco da Finlândia e formulador de política do BCE, Olli Rehn, disse que as ações comerciais de Trump exacerbaram os riscos de baixa e reforçaram o argumento para uma redução da taxa na reunião de 17 de abril do banco central.
Trump impôs — mas depois adiou — uma tarifa de 20% sobre a União Europeia, que conta com vários países da zona do euro entre seus membros, como parte de suas tarifas recíprocas. A UE ainda enfrenta tarifas universais de 10%, bem como uma taxa de 25% sobre aço, alumínio e carros.
Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.