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Tarifas aumentarão inflação e desemprego, diz presidente do Fed de NY

Reuters11 de abr de 2025 às 18:09

Por Michael S. Derby

- O presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, disse nesta sexta-feira que as atuais políticas comerciais do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acelerarão a inflação neste ano, acrescentando que é fundamental que o banco central evite que as expectativas de longo prazo sobre as pressões de preços fiquem desancoradas.

"É difícil saber com precisão como a economia evoluirá", disse Williams em comentários preparados para a Câmara de Comércio de Porto Rico. "Considerando os efeitos incertos das tarifas anunciadas recentemente e outras mudanças de política, há uma gama excepcionalmente ampla de resultados que podem ocorrer."

À luz da incerteza ligada às medidas de Trump para impor pesadas taxas de importação a uma ampla gama de parceiros comerciais, o forte início de ano da economia provavelmente dará lugar a algo menos favorável, disse Williams. O Fed precisará observar os dados cuidadosamente durante esse período para saber como reagir com a política monetária, disse ele.

Williams disse que espera que as tarifas elevem a inflação para algo entre 3,5% e 4% neste ano, o que representaria um aumento acentuado nas pressões de preços em relação ao nível atual do índice PCE, que foi de 2,5% em fevereiro, na base anual. O PCE é o principal indicador de inflação usado pelo Fed.

"Dada a combinação da desaceleração no crescimento da força de trabalho devido à redução da imigração e aos efeitos combinados da incerteza e das tarifas, agora espero que o crescimento real do PIB diminua consideravelmente em relação ao ritmo do ano passado, provavelmente para um pouco abaixo de 1%", enquanto a taxa de desemprego deve aumentar de seu nível atual de 4,2% para entre 4,5% e 5%.

Williams observou que continua empenhado em levar a inflação de volta à meta de 2% do Fed. Ele disse que, embora as expectativas de inflação de curto prazo tenham aumentado, as de longo prazo permanecem sob controle, e é fundamental que o Fed continue assim.

Sua perspectiva de desaceleração do crescimento, aumento do desemprego e inflação muito mais alta é difícil para o Fed, pois não implica em uma resposta clara da política monetária.

Entretanto, Williams advertiu, em comentários após suas falas formais, que por mais difícil que seja a perspectiva atual, ela não é uma repetição dos problemas do passado.

"Não se trata de 'estagflação'", disse Williams. "Tenho idade suficiente para saber o que foi a 'estagflação' na década de 1970 e no início dos anos 80", disse ele, acrescentando que "foi um período de desemprego de dois dígitos, inflação de dois dígitos, um período de inflação alta sustentada e fraqueza econômica" que o Fed tomará medidas para garantir que não se repita.

Os mercados financeiros esperam, em geral, uma série de cortes nas taxas de juros do Fed com o objetivo de proteger a economia dos riscos de queda, enquanto as autoridades do banco central dos EUA, em comentários recentes, destacaram a importância de não deixar a inflação sair do controle.

A maioria sugeriu que não vê nenhum motivo iminente para alterar a taxa de juros referencial, que atualmente está definida na faixa de 4,25% a 4,50%.

"A política monetária está no lugar certo para gerenciar esses riscos da melhor forma possível" e seu nível "modestamente restritivo" é o mais adequado, considerando o atual nível de inflação, disse Williams.

A posição atual do Fed em relação às taxas "nos dá a oportunidade de avaliar os dados e desdobramentos que estão chegando e, em última análise, nos posiciona bem para nos ajustarmos às mudanças nas circunstâncias que afetam o cumprimento de nossas metas de mandato duplo", disse ele.

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS ES FC

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