Investing.com — O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, não conseguiu tranquilizar os investidores durante uma forte queda nas bolsas nesta quinta-feira, que apagou quase metade da histórica alta do dia anterior, enfatizando que a clareza de longo prazo surgirá à medida que as negociações comerciais se desenrolarem.
"À medida que chegamos a acordos com as nações, acabaremos em um lugar de certeza", disse Bessent na reunião de gabinete, minimizando as perdas do dia. "Subir dois, cair um não é uma proporção ruim, ou subir 10, cair cinco."
Seus comentários vieram depois que o S&P 500 devolveu uma parte significativa dos ganhos de quarta-feira, quando o índice disparou mais de 9% — seu terceiro melhor desempenho diário desde a Segunda Guerra Mundial — com a notícia de que o presidente Trump pausaria a maioria de suas tarifas recíprocas por 90 dias.
O Dow Jones Industrial Average registrou seu maior ganho percentual desde março de 2020, enquanto o Nasdaq teve seu segundo melhor dia na história.
Mas o impulso diminuiu na quinta-feira, com os investidores avaliando os riscos persistentes. Apesar do alívio temporário, as tarifas significativamente mais altas de Trump sobre importações chinesas permanecem em vigor, elevando a taxa tarifária efetiva geral a um patamar histórico, segundo o Morgan Stanley (NYSE:MS).
"Adiamentos ajudam, mas não reduzem a incerteza", disse Michael Gapen, economista-chefe do banco para os EUA. Analistas alertam que, embora a janela de 90 dias possa oferecer tempo para a diplomacia, as elevadas tarifas sobre a China ainda podem prejudicar o comércio global e o crescimento.
O analista da Vital Knowledge, Adam Crisafulli, disse que os investidores estão preocupados com "a queda bastante grande" no dólar, além da incapacidade dos títulos do Tesouro de apresentarem uma recuperação.
"[Isso] está mantendo as pessoas ansiosas sobre o dinheiro saindo dos ativos financeiros dos EUA", escreveu Crisafulli.
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