Von der Leyen diz que "recebe bem" a pausa nas tarifas de Trump

Investing.com — A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que "recebeu bem" a dramática reversão das tarifas abrangentes do presidente dos EUA, Donald Trump, argumentando que é um "passo importante para estabilizar a economia global".

Em um comunicado, von der Leyen acrescentou que "condições claras e previsíveis são essenciais" para o funcionamento do comércio e das cadeias de suprimentos, argumentando que as taxas "só prejudicam empresas e consumidores".

"É por isso que sempre defendi um acordo de tarifas zero por zero entre a União Europeia e os Estados Unidos", disse von der Leyen.

A UE continua comprometida com "negociações construtivas" com os EUA, com o objetivo de alcançar um "comércio sem atritos e mutuamente benéfico", observou ela.

Com mercados ao redor do mundo em turbulência, Trump revelou abruptamente uma reversão da maioria de suas tarifas punitivas e abrangentes sobre diversos países, dizendo que as pausaria por 90 dias. No entanto, Trump afirmou em uma postagem nas redes sociais que os países ainda enfrentariam uma "Tarifa Recíproca substancialmente reduzida" de 10%.

Anteriormente, Trump havia implementado tarifas de 20% sobre a UE como parte desses chamados impostos "recíprocos" sobre países ao redor do mundo.

Ainda assim, a UE continua enfrentando taxas de importação de 25% sobre aço, alumínio e automóveis.

Na quarta-feira, os estados-membros da UE votaram a favor de uma proposta do braço executivo do bloco — liderado por von der Leyen — para introduzir novas contramedidas comerciais contra os EUA. Von der Leyen não mencionou essas ações em seu comunicado.

"Ao mesmo tempo, a Europa continua focada em diversificar suas parcerias comerciais, engajando-se com países que representam 87% do comércio global e compartilham nosso compromisso com o livre e aberto intercâmbio de bens, serviços e ideias", disse von der Leyen.

Ela acrescentou que a UE está intensificando seus esforços para "eliminar barreiras em nosso mercado único", observando que a crise impulsionada pelas tarifas aumentou a importância da área comercial como "uma âncora de estabilidade" em tempos de incerteza financeira.

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