Por Karen Brettell
8 Abr (Reuters) - Os rendimentos dos Treasuries subiam nesta terça-feira pelo segundo dia devido ao maior otimismo de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fechará acordos com parceiros comerciais que limitem as consequências econômicas esperadas das tarifas.
Alguns investidores, incluindo fundos de hedge, também estariam vendendo títulos para atender às chamadas de margem e desalavancar seus portfólios após uma forte liquidação nos mercados de ações, o que contribuía para o aumento dos rendimentos.
O governo Trump está negociando acordos comerciais com países como o Japão, e o secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse que as discussões são o resultado de vários pedidos de outros países, e não das perdas dos mercados financeiros.
"Os mercados parecem estar muito mais otimistas. Talvez os acordos comecem de fato em termos de negociações comerciais", disse Gennadiy Goldberg, chefe de estratégia de taxas dos EUA na TD Securities.
Entretanto, "os níveis de convicção ainda são muito, muito baixos. Os investidores não sabem ao certo o que fazer em seguida, especialmente se não houver o pior cenário comercial que as pessoas estavam esperando", disse Goldberg.
Enquanto isso, os Estados Unidos consideraram nesta terça-feira a retaliação da China contra suas tarifas um "grande erro". A China se recusou a ceder ao que chamou de "chantagem" depois que Trump ameaçou aumentar as tarifas sobre as importações norte-americanas da China para mais de 100% em resposta à decisão da China de igualar as tarifas "recíprocas" anunciadas por Trump na semana passada.
Os rendimentos das notas de referência de 10 anos US10YT=RR subiam 8,6 pontos-base no dia, para 4,243%. Eles caíram para 3,86% na sexta-feira, o menor valor desde 4 de outubro.
As taxas de dois anos US2YT=RR avançavam 10,5 pontos-base, para 3,844%, depois de atingirem 3,435% na segunda-feira, mínima desde setembro de 2022.
A curva de rendimento entre as notas de dois e 10 anos US2US10=TWEB se achatou em cerca de um ponto-base, para 40 pontos, depois de atingir 45 pontos na segunda-feira, a maior inclinação desde 13 de janeiro.
((Tradução Redação São Paulo))
REUTERS CMO