Citi reduz previsão de crescimento da China para 2025 em meio a tensões comerciais

Investing.com — Analistas do Citi reduziram sua estimativa para o crescimento econômico chinês este ano, citando "riscos externos crescentes" e esperanças diminuídas de um acordo comercial com os EUA após a imposição das últimas tarifas do presidente Donald Trump.

Em nota aos clientes, os analistas afirmaram que agora esperam que a segunda maior economia do mundo cresça 4,2% em relação ao ano anterior em 2025, abaixo da previsão anterior de 4,7%. O produto interno bruto da China aumentou 5,0% em 2024.

A mudança ocorre depois que Trump impôs novas tarifas elevadas de 34% sobre importações do país no início deste mês.

Na segunda-feira, Trump ameaçou aplicar uma tarifa adicional de 50% sobre importações chinesas, a menos que Pequim retire uma taxa retaliatória de 34% sobre produtos americanos que introduziu na semana passada. A China prometeu "lutar até o fim" se Trump avançar com suas tarifas adicionais.

Posteriormente, Trump disse que, embora fosse conversar com a China sobre as medidas, não estava considerando uma pausa nas tarifas para permitir negociações.

"Tudo isso não é bom para os setores comercializáveis da China", disseram os analistas do Citi, acrescentando que as altas tarifas poderiam reduzir o crescimento em mais de 1,5 pontos percentuais em base anualizada — equivalendo a um impacto adicional de aproximadamente 0,6 pontos percentuais em 2025.

"A resposta recíproca da China e novas ameaças dos EUA praticamente fecharam a porta para quaisquer negociações", afirmaram os analistas. "Vemos pouca esperança de um acordo significativo entre os dois países este ano. Os dois países podem já ter entrado em um período prolongado de desacoplamento comercial difícil nesse sentido."

O crescimento das exportações da China pode se tornar negativo já neste mês e cair 5% anualmente em 2025, revertendo um aumento de 5,9% no ano passado, previram os analistas.

"Em termos de trajetória trimestral, o segundo e terceiro trimestres de 2025 poderiam estar sob maior estresse com os impactos das tarifas surgindo e as respostas políticas tentando alcançá-los", argumentaram.

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